CUT nega negociar retirada de direitos com governo Temer
Central Única dos Trabalhadores (CUT), presidida por Vagner Freitas, contesta notícia veiculada de que teria participado de uma "pretensa negociação com o primeiro presidente do Brasil denunciado oficialmente por corrupção"; "A CUT não está negociando imposto sindical em troca de fim da CLT, como alguns órgãos de imprensa estão dando a entender. Deem nomes aos bois! Quem são as centrais que estão negociando além da Força Sindical. A CUT não está", rebate a entidade
247 - Em um texto publicado no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente da entidade, Vagner Freitas, nega notícias que vêm sendo veiculadas na imprensa sugerindo que centrais sindicais estariam negociando com o governo Temer para manter o imposto sindical em troca da aprovação da reforma Trabalhista.
"Não existe uma entidade chamada 'centrais sindicais' como os leitores estão entendendo. Existem nove centrais sindicais no Brasil, entre elas a CUT, a maior e mais combativa. E a CUT não está negociando imposto sindical em troca de fim da CLT, como alguns órgãos de imprensa estão dando a entender. Deem nomes aos bois! Quem são as centrais que estão negociando além da Força Sindical. A CUT não está", diz a entidade, em um comunicado divulgado à imprensa.
Leia abaixo o texto de Vagner Freitas:
CUT não negocia perda de direitos da classe trabalhadora
Presidente da Central reafirma que não há qualquer negociação em andamento com governo golpista
Nos últimos dias, vários órgãos de imprensa vêm publicando matérias sobre supostas negociações de "centrais sindicais" com o governo Temer para manter o imposto sindical em troca da aprovação da reforma Trabalhista, na realidade um desmonte dos direitos assegurados na CLT.
O termo 'centrais sindicais', sempre assim, no plural, induz o leitor a erro. Existem nove centrais sindicais no Brasil, a maior e mais combativa, com mais de 25 milhões de trabalhadores na base é a CUT. E a CUT não está negociando nem nunca negociou retirada de direitos dos trabalhadores.
Nesta quinta-feira, 6, a Folha de São Paulo publicou matéria intitulada "Temer quer compensar sindicatos pelo fim de contribuição obrigatória", onde, novamente, deixa no ar uma ambiguidade quanto à participação de centrais numa pretensa negociação com o primeiro presidente do Brasil denunciado oficialmente por corrupção. A negociação envolveria até votos contrários à aceitação de denúncia contra Temer feita pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot, na Câmara dos Deputados.
Quem se dá ao trabalho de ler a matéria inteira percebe que não são as nove 'centrais sindicais' que estão negociando. No 4º parágrafo, o leitor é informado que uma central está negociando: "A principal proposta, discutida nesta quarta (5) por Temer com a Força Sindical, com o apoio de outras centrais, é regulamentar a contribuição assistencial, que representaria até 70% do orçamento de alguns sindicatos".
A CUT reafirma que exige a derrubada do Projeto de Lei da Câmara (PLC nº 38) que trata da reforma Trabalhista no Senado Federal e apoia o relatório adotado pela Comissão de Assuntos Sociais da Casa, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
São Paulo, 6 de julho de 2017
Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT
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