Dallagnol: ‘a Lava Jato não vai transformar o Brasil sozinha’
O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou que é preciso "atuar sobre as condições que favorecem a corrupção"; segundo ele, além do engajamento popular, é necessário reação das autoridades; ele citou como exemplo a necessidade de agilidade nos processos judiciais; "O risco de prescrição gera impunidade", disse após uma palestra da Universidade de Oxford
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247 - O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou que a Operação Lava Jato não conseguirá, sozinha, transformar o Brasil, no sentido da acabar com a corrupção. "Precisamos atuar sobre as condições que favorecem a corrupção", disse. Segundo ele, além do engajamento popular, é preciso que autoridades também reajam. Ele citou como exemplo a necessidade de agilidade nos processos judiciais. "O risco de prescrição gera impunidade", disse após uma palestra da Universidade de Oxford.
O procurador também sugeriu que sejam fechadas brechas e regras sejam alteradas para que punições aconteçam e sejam adequadas. Dallagnol também recomenda instrumentos eficientes para recuperar o dinheiro desviado pela corrupção. "São três medidas preventivas para que a corrupção não aconteça".
Ao ser questionado sobre a ação de "poderosos" contra a atuação dos procuradores que investigam a corrupção em Curitiba (PR), Dallagnol afirmou que essa não é uma reação incomum. "Na Itália, foi assim", disse, ao comentar o desdobramento da operação Mãos Limpas. "A grande questão é saber da sociedade brasileira aonde queremos ir. Vamos permitir que esse sistema seja mantido ou nós queremos combate à corrupção? Essa é a grande questão", acrescentou.
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