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Dallagnol: ‘a Lava Jato não vai transformar o Brasil sozinha’

O procurador da República e coordenador da força-­tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou que é preciso "atuar sobre as condições que favorecem a corrupção"; segundo ele, além do engajamento popular, é necessário reação das autoridades; ele citou como exemplo a necessidade de agilidade nos processos judiciais; "O risco de prescrição gera impunidade", disse após uma palestra da Universidade de Oxford

O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, participa de lançamento, no Rio, do projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, do MPF (Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - O procurador da República e coordenador da força-­tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou que a Operação Lava Jato não conseguirá, sozinha, transformar o Brasil, no sentido da acabar com a corrupção. "Precisamos atuar sobre as condições que favorecem a corrupção", disse. Segundo ele, além do engajamento popular, é preciso que autoridades também reajam. Ele citou como exemplo a necessidade de agilidade nos processos judiciais. "O risco de prescrição gera impunidade", disse após uma palestra da Universidade de Oxford. 

O procurador também sugeriu que sejam fechadas brechas e regras sejam alteradas para que punições aconteçam e sejam adequadas. Dallagnol também recomenda instrumentos eficientes para recuperar o dinheiro desviado pela corrupção. "São três medidas preventivas para que a corrupção não aconteça".

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Ao ser questionado sobre a ação de "poderosos" contra a atuação dos procuradores que investigam a corrupção em Curitiba (PR), Dallagnol afirmou que essa não é uma reação incomum. "Na Itália, foi assim", disse, ao comentar o desdobramento da operação Mãos Limpas. "A grande questão é saber da sociedade brasileira aonde queremos ir. Vamos permitir que esse sistema seja mantido ou nós queremos combate à corrupção? Essa é a grande questão", acrescentou.

Ele disse, ainda, que boa parte do sucesso da operação Lava Jato pode ser atribuído à percepção dos envolvidos de que haverá punição. "Sem punição, não haveria colaboração. Se a alternativa é impunidade, não vai fazer a colaboração. As pessoas passaram a acreditar que poderiam, como no mensalão no caso do Marcos Valério, ser punidas", complementou.
 
O procurador não demonstrou surpresa com as iniciativas para tentar atrapalhar os trabalhos de investigação. "Onde quer que exista atuação forte do sistema de Justiça contra o sistema falho e que beneficia pessoas, haverá reação", disse. E voltou a dizer que a  "a corrupção não é do partido A ou do B, um problema do governo A ou B".

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