Damares diz que pacientes que não quiserem usar cloroquina é que devem avisar
Para a ministra, quem “não acredita na cloroquina deve assinar uma declaração dizendo que não quer tomar o remédio”
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247 - A ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, defendeu em coletiva de imprensa que quem “não acredita na cloroquina deve assinar uma declaração dizendo que não quer tomar o remédio”.
Apesar da maioria dos estudos publicados afirmarem que não ter encontrado nenhuma diferença entre pacientes que tomaram ou não a cloroquina, Damares disse, sem apresentar provas, que há outras “vertentes da ciência” e pesquisadores do mundo inteiro defendendo o medicamento.
“O Ministério (da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) tem sido acionado o dia inteiro por brasileiros que querem ter o direito de tomar ou não, é direito do paciente ter acesso ao remédio. O nosso telefone não para de tocar, os médicos querem autonomia para prescrever a cloroquina. Quem não acredita, que não tome. Quem está vendo inúmeros testemunhos, tome. São direitos humanos sendo garantidos”, disse.
Nesta sexta, Nelson Teich deixou o Ministério da Saúde, que é responsável pela recomendação ou não de medicamentos para o tratamento de doenças, justamente por divergir da posição de Jair Bolsonaro sobre o uso da cloroquina.
O Ministério da Saúde recomendava que a cloroquina fosse receitada para pacientes graves, desde que o médico se responsabilize pelo uso e o paciente concorde com efeitos colaterais do remédio.
Teich chegou a publicar que os pacientes deveriam assinar um termo de consentimento para uso da cloroquina — o remédio tem, entre os efeitos adversos, ação no coração, causando arritmia.
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