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Damares escolhe indígena para secretaria e surpreende movimento negro

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, surpreendeu o movimento negro ao indicar a jornalista e documentarista Sandra Terena para chefiar a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do futuro governo Jair Bolsonaro; Sandra Terena é presidente da ONG Aldeia Brasil e é aliada política de longa data de Damares; "Ainda não avaliamos o fato, se é bom ou ruim", disse o conselheiro Nacional de Igualdade Racial, Nuno Coelho; desde 2003, o cargo foi ocupado apenas por nomes da militância negra

Damares escolhe indígena para secretaria e surpreende movimento negro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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247 - A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, surpreendeu o movimento negro ao indicar a jornalista e documentarista Sandra Terena para chefiar a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do futuro governo Jair Bolsonaro. Em 2009, Sandra Terena, que tem ascendência indígena, ficou conhecida pelo documentário "Quebrando o silêncio", sobre a prática do infanticídio nas comunidades indígenas. Naquele ano, ela foi vencedora do prêmio Internacional Jovem da Paz devido ao documentário.

Matéria do site Congresso em Foco também destaca que Sandra Terena"participou de audiências públicas do Senado que tratavam do Projeto de Lei da Câmara 119/2015, de autoria do deputado Henrique Afonso (PVAC) que visava  buscava combater as chamadas "práticas tradicionais nocivas" em comunidades tradicionais, como o infanticídio, mas causou polêmica ao ser relacionado a uma possível intolerância religiosa e étnica". Ainda segundo a reportagem, Sandra Terena "é presidente da ONG Aldeia Brasil é aliada política antiga de Damares Alves, futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Quando Damares foi anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, Sandra elogiou a escolha e afirmou que a pastora evangélica é profunda conhecedora das necessidades indígenas. À época, ela voltou a criticar a gestão da Funai na era PT. "Ao contrário do que diziam por aí, o governo Bolsonaro pode desfazer os estragos feitos pelo governo Lula e Dilma", destaca o txto.

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Nesta quarta-feira (19), Sandra participou de uma reunião com militantes da igualdade racial, acompanhada de Damares Alves. Como o Congresso em Foco revelou, durante a primeira reunião do futuro ministério com o governo de transição, no último dia 11, foi exibido um organograma em que a secretaria aparecia como um departamento da Secretaria de Direitos Humanos. Para militantes da área, a perda de status seria um retrocesso político da pauta. Após o anúncio, conselhos estaduais e municipais de todo o país convocaram um abraço simbólico ao redor do prédio da Seppir, protestando contra sua extinção. Mesmo com o recuo do governo, a manifestação foi mantida, pois os militantes solicitavam uma reunião com a pasta.

O conselheiro Nacional de Igualdade Racial, Nuno Coelho, teria observado que "a militância recebeu com surpresa o nome de Terena, primeira indígena a assumir a Seppir. Segundo ele, desde a criação da secretaria em 2003, o cargo foi ocupado apenas por nomes da militância negra. "A ministra disse que fez isso como ato de ação afirmativa, uma vez que a Funai vem para a pasta de direitos humanos. Ainda não avaliamos o fato, se é bom ou ruim", ressaltou. 

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leia a íntegra da reportagem no Congresso em Foco. 

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