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Defesa de Lula rebate procurador que apontou ‘agressividade’

"Os advogados têm assegurado por lei o direito de apresentar questões de ordem em audiência. Se o magistrado se recusa a ouvir e eleva a voz para impedir que os argumentos sejam apresentados, caberia ao Ministério Público intervir a favor dos advogados para assegurar o cumprimento da lei. O que não tem acontecido", afirmam os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, em nota, em referência ao juiz Sérgio Moro e em resposta ao procurador José Robalinho, que chamou de "agressivas" as táticas da defesa de Lula

"Os advogados têm assegurado por lei o direito de apresentar questões de ordem em audiência. Se o magistrado se recusa a ouvir e eleva a voz para impedir que os argumentos sejam apresentados, caberia ao Ministério Público intervir a favor dos advogados para assegurar o cumprimento da lei. O que não tem acontecido", afirmam os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, em nota, em referência ao juiz Sérgio Moro e em resposta ao procurador José Robalinho, que chamou de "agressivas" as táticas da defesa de Lula (Foto: Gisele Federicce)

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247 - Os advogados do ex-presidente Lula Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira rebateram em nota nesta quarta-feira 14 as declarações do procurador José Robalinho, que saiu em defesa do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.

"Na Lava Jato não houve abuso, só os advogados do ex-presidente Lula é que têm usado como tática ser particularmente agressivos", declarou o procurador em um evento em São Paulo, segundo a coluna do Estadão.

Para a defesa de Lula, o procurador vive em uma "realidade paralela" e "os advogados têm assegurado por lei o direito de apresentar questões de ordem em audiência". Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota

A afirmação do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) de que "na Lava Jato não houve abusos, só os advogados do ex-presidente Lula é que têm usado como tática ser particularmente agressivos" (Coluna do Estadão, 14/12) revela que o dirigente vive uma realidade paralela aos fatos.

Lula e seus advogados têm sido alvo de diversas medidas arbitrárias e ilegais praticadas na Lava Jato desde março de 2016. A denúncia apresentada em 16/09 por um grupo de procuradores da república em rede nacional com uso de PowerPoint, além de claramente ferir garantias fundamentais, mostrou-se completamente equivocada após a coleta do depoimento de 23 testemunhas selecionadas pelo próprio Ministério Público Federal. Essas testemunhas não confirmaram a acusação formulada contra Lula.

Uma das principais funções do Ministério Público, conforme a Constituição Federal, é a de zelar pelo cumprimento do ordenamento jurídico. Interesses corporativos não podem se sobrepor a esse mandamento constitucional.

Os advogados têm assegurado por lei o direito de apresentar questões de ordem em audiência. Se o magistrado se recusa a ouvir e eleva a voz para impedir que os argumentos sejam apresentados, caberia ao Ministério Público intervir a favor dos advogados para assegurar o cumprimento da lei. O que não tem acontecido.

Não é papel do presidente da ANPR emitir opinião sobre processos judiciais estranhos à entidade. Mas se assim o fizer, pelo menos se espera que o dirigente conheça melhor os fatos.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

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