TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Delação implode credibilidade do TCU

      Empreiteiro da UTC revelou aos investigadores da Lava Jato que o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz (foto), presidente do Tribunal de Contas da União, recebia R$ 50 mil por mês para passar a Ricardo Pessoa informações do tribunal que envolvessem os interesses da construtora; o escritório de Tiago também foi contratado para atuar em caso sobre a Usina de Angra 3, serviço para o qual fechou o pagamento de R$ 1 milhão; denúncia afeta diretamente a credibilidade da corte, que já se move pelo impeachment com a questão das "pedaladas fiscais"

      Empreiteiro da UTC revelou aos investigadores da Lava Jato que o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz (foto), presidente do Tribunal de Contas da União, recebia R$ 50 mil por mês para passar a Ricardo Pessoa informações do tribunal que envolvessem os interesses da construtora; o escritório de Tiago também foi contratado para atuar em caso sobre a Usina de Angra 3, serviço para o qual fechou o pagamento de R$ 1 milhão; denúncia afeta diretamente a credibilidade da corte, que já se move pelo impeachment com a questão das "pedaladas fiscais" (Foto: Gisele Federicce)
      Gisele Federicce avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - Além de doações a campanhas de políticos de diversos partidos, uma revelação do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, estremesse o Tribunal de Contas da União (TCU), que pode ter a credibilidade implodida com o caso.

      Segundo Pessoa, o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, que preside o Tribunal de Contas da União, era pago para vazar informações da corte, noticia reportagem publicada pelo Estadão neste sábado.

      Tiago recebia, segundo revelou o empresário, R$ 50 mil por mês para passar a ele informações do tribunal que envolvessem os interesses da empreiteira. O escritório do advogado também foi contratado para atuar em caso sobre a Usina de Angra 3, serviço para o qual fechou o pagamento de R$ 1 milhão com a UTC.

      O caso da usina discutia licitação para obras que chegavam a R$ 2 bilhões. A UTC e outras empresas envolvidas na Lava Jato faziam parte do Consórcio Una 3, que estava interessado no contrato bilionário. A concorrência foi parar no tribunal de contas por representação de um dos participantes. Na ocasião, o ministro Aroldo Cedraz se declarou impedido de votar, uma vez que o escritório de seu filho atuava no caso.

      Não é a primeira vez que o nome de Tiago é citado na Lava Jato. Anteriormente, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como "careca", revelou em depoimento ter levado "dinheiro do [doleiro Alberto] Youssef" algumas vezes no escritório do advogado, em Brasília.

      Vale lembrar que atualmente o tribunal já se move pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff com o julgamento das chamadas "pedaladas fiscais", prática corriqueira até mesmo em governos anteriores, mas que podem levar à reprovação das contas de 2014. Os ministros deram 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff pudesse se explicar sobre o que consideram ser irregularidades.

       

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: