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Depois de prender Lula ilegalmente por 580 dias, Moro acusa o presidente de “discurso de ódio”

Ex-juiz suspeito atacou o presidente um dia depois de ser desmoralizado pelo Papa Francisco

Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Ricardo Stuckert/PR)

247 - Durante participação no “Brazil Conference at Harvard & MIT”, em Boston, nos Estados Unidos, o ex-juiz considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal e agora senador Sergio Moro defendeu Jair Bolsonaro e proferiu ataques ao ex-presidente Lula.

Moro disse que apesar das críticas ao governo de Jair Bolsonaro por disseminação de fake news, é o governo Lula que propaga “discursos de ódio”, em referência à fala de Lula sobre o caso PCC e a tramitação do processo ser uma “armação”.

“Não vou entrar em detalhes, mas podemos lembrar os episódios da semana passada envolvendo falas do presidente da República, inclusive envolvendo também a minha pessoa, envolvendo falas do secretário de Comunicação do governo”, disse Moro.

A declaração de Moro vem um dia depois da entrevista do papa Francisco que afirmou que o presidente Lula foi vítima de perseguição política e que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment injusto. 

"O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. 'Onde está o crime aqui?' 'Mas, sim, parece que sim...' Assim condenaram Lula", afirmou o sumo pontífice.


Regulação da mídia

Moro ainda aproveitou para endossar o coro com os bolsonaristas contra a proposta de regulação da mídia, dizendo que a proposta ameaça a liberdade de expressão.

“Colocar no governo Executivo o poder de supervisão das redes é algo muito arriscado. Esse projeto tem que ser debatido e tem que ser melhorado muito”, declarou.