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Dilma dá o exemplo: Tortura Nunca Mais

Num país onde diversas vítimas da ditadura que sofreram bem menos do que Dilma lutaram para receber megaindenizações do Estado, a presidente doa o valor recebido do governo do Rio

Dilma dá o exemplo: Tortura Nunca Mais (Foto: AGÊNCIA ESTADO)
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247 - A repressão durante a ditadura militar acabou com vidas e famílias e, por isso, muitos ainda cobram na Justiça os prejuízos causados pelo Estado durante o período. É legítimo, mas nem sempre o cobrador foi prejudicado a ponto de precisar de fato de auxílio estatal ou precisa, agora, do dinheiro -- há quem veja na indenização uma forma de reparo. Seja qual for sua opinião, a polêmica sobre as indenizações da ditadura ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira. A presidente Dilma Rousseff decidiu doar ao grupo "Tortura Nunca Mais" a indenização que receberá do governo do Rio de Janeiro por ter sido interrogada e torturada por lá durante a ditadura militar.

O valor a ser recebido pela presidente ainda não foi divulgado, mas fala-se em R$ 20 mil. Está longe das expressivas quantias que provocam debate -- estima-se que o Estado brasileiro já tenha gastado mais de R$ 2,5 bilhões em reparos a vítimas da ditadura --, mas tem grande valor simbólico. Ponto para a presidente, que dá mais uma demonstração de grandeza, como havia feito na ocasião da instalação da Comissão da Verdade, quando disse que as apurações sobre os crimes contra os direitos humanos cometidos durante entre as últimas décadas não seria movidas pelo ódio.

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A doação começará a ser recebida em junho e terá o mesmo destino de outra que Dilma recebeu do governo de São Paulo. Em outro estado, o Rio Grande do Sul, Dilma deu entrada durante a década de 1980 com processo para recuperar o direito de trabalhar na Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, onde é economista, que havia sido cassado durante o governo militar -- o pedido foi atendido.

Fundado em 1985, o "Tortura Nunca Mais" foi criado por iniciativa de ex-presos políticos torturados durante o regime militar e por familiares de mortos e desaparecidos políticos, que buscavam informações sobre o paradeiro das vítimas. Para a presidente, até a criação da Comissão da Verdade, nesta semana, o trabalho de resgatar a história do que ocorreu durante o período militar foi realizado pelo "Tortura Nunca Mais". Pois, agora, o grupo ganhou o auxílio de uma comissão. E mais R$ 20 mil no bolso.

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