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Dilma só pensa no Conselho de Segurança das Nações Unidas

Depois de obter o discreto apoio da China, em abril, presidente conta com a adeso causa brasileira do presidente venezuelano Hugo Chvez, que chega ao Pas na tera-feira

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247, com informações da Agência Brasil – As pautas das reuniões da presidente Dilma Rousseff com chefes de outras nações têm um elemento em comum. Invariavelmente, a chefe do Executivo brasileiro coloca na mesa uma proposta de apoio a um velho sonho do País: um assento permanente no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidades (ONU). Foi assim com o presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, em março, e com o mandatário chinês Hu Jintao, no mês passado. Será assim também com o presidente venezuelano Hugo Chávez, que chega ao País na terça-feira.

Dilma e Chávez deverão assinar um comunicado conjunto em defesa reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o apoio venezuelano ao pleito brasileiro, que é o de ocupar um assento permanente no órgão colegiado em nome da América Latina. Nas reuniões preliminares de assessores de Chávez com autoridades brasileiras houve sinalizações do apoio ao Brasil.

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O presidente da Venezuela será o terceiro chefe de Estado que indicará apoio à reforma do CS, como defende o Brasil. Em março, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ser favorável à reforma e ao desejo do Brasil de ocupar um lugar permanente no conselho, mas evitou ser explícito neste apoio. No mês passado, foi a vez de o presidente da China, Hu Jintao, afirmar que é o momento de discutir mudanças no conselho.

Também de olho em uma vaga permanente no Conselho de Segurança, o presidente da Alemanha, Christian Wulff, declarou na última quinta-feira (5) que os germânicos querem rever a estrutura atual do órgão da ONU. Para ele, é fundamental buscar um acordo regional para obter avanços nestas negociações. É um discurso que casa à perfeição com a visão do Brasil sobre as Nações Unidas. “A reforma da ONU não é um capricho do Brasil”, afirmou Dilma, em abril, durante a formatura de diplomatas em Brasília.

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Pressões por mudanças

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Cedo ou tarde, o Conselho de Segurança terá que ser submetido a uma reforma. Sua composição remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial – razão pela qual Japão e Alemanha, os grandes perdedores daquele conflito, sempre ficaram chupando o dedo – e só sofreu uma alteração desde então há exatos 40 anos: a “China Nacionalista” de Chiang Kai Chek acabou defenestrada em favor da “China Comunista” de Mao Tse Tung. Os demais integrantes são Estados Unidos, Rússia, França e Inglaterra.

 

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No momento, o principal obstáculo à pretensão brasileira é o governo norte-americano – que, aliás, não deve ficar contente com o apoio de seu desafeto Hugo Chávez a Brasília. Os afagos trocados, de início, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama deram a impressão de que a Casa Branca abriria as portas do Conselho de Segurança àquele que é, ao lado Japão, o membro da ONU que acumula mais passagens pelo restrito órgão colegiado. No entanto, a abstenção do Brasil na votação de reprimenda das Nações Unidas ao Irã, por desrespeitos aos direitos humanos, em novembro, azedou as relações entre os dois governos. À época, Obama defendeu a candidatura da Índia e depois, em sua recente passagem por Brasília e Rio de Janeiro, não estendeu a “bola branca” à terra de Dilma Rousseff. Em fevereiro, aliás, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton já havia saído pela tangente ao ser cobrada pelo chanceler Antonio Patriota: “Nós admiramos muito o papel do Brasil como líder global e sua aspiração de ser membro permanente do Conselho de Segurança”, afirmou, sem dar sinal algum de que mexeria o dedo mindinho para que a aspiração se torne realidade.

Além da birra recente dos norte-americanos, a candidatura brasileira enfrenta a oposição de seus “hermanos” latino-americanos. Argentina e México jogam nesse time, que já chegou a propor a criação de uma vaga permanente para a América Latina, a qual seria ocupada em sistema de rodízio. Implicância? Pura e gratuita. Aliás, é por conta do mesmo sentimento que a Itália torpedeia sistematicamente a candidatura alemã, o Paquistão conspira contra a indiana, e a Coreia do Sul esconjura a japonesa.

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