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Djalma Bom: todos os trabalhadores deveriam ter Lula como referência

Ex-deputado federal e amigo e companheiro de Lula nas greves sindicais do ABC, Djalma Bom fala do ex-presidente como "um companheiro de um carisma enorme, de uma intuição enorme e de uma inteligência que não tem limite"; agora líder de um Comitê Lula Livre, ele explica o funcionamento das mobilizações pela liberdade do petista; assista

Djalma Bom: todos os trabalhadores deveriam ter Lula como referência

247 - Deputado federal no final dos anos 1970 diretor do Sindicato dos Metalúrgico do ABC na época em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandava a entidade, Djalma Bom concedeu uma entrevista emocionada à TV 247, na qual falou sobre o caráter e a humildade do amigo e ex-companheiro de luta sindical e relatou como funciona o Comitê Lula Livre da rua João Moura, em São Paulo, coordenado por ele.

Para Djalma, petista histórico, todos os trabalhadores deveriam ter Lula como referência. "O Lula sempre foi minha referência. Eu vi o Lula quando ele era presidente da República, e lembrei de quando eu vi o Lula pela primeira vez como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, 35 anos depois e o Lula continuava sendo aquele mesmo companheiro que eu vi lá no sindicato. Eu acho que todos nós, trabalhadores, deveríamos ter esse companheiro como referência, um companheiro de um carisma enorme, de uma intuição enorme, um companheiro de uma inteligência que não tem limite, não haveria aparelhos para medir a capacidade, o QI do presidente Lula. A sensibilidade que ele tem, o carinho que ele tem, o afeto que ele tem pelas pessoas".

Djalma Bom lamentou que muitos outros políticos não tenham a mesma sensibilidade do ex-presidente para dialogar com a classe trabalhadora. "Se a gente tem essa referência desse companheiro Lula, o que a gente lamenta é que existe assessores dos assessor do assessor do vereador que não recebe um trabalhador quando ele se dirige ao gabinete para conversar com o vereador. Ele tem que passar pelo assessor do assessor do assessor do vereador para chegar no vereador, esses companheiros deveriam ter como referência o companheiro Lula, que abraça as pessoas, que está próximo das pessoas e esse companheiro, que é um retirante nordestino, que é um pau de arara que chegou à presidência deste país chamado Brasil, continua do mesmo jeito e da mesma forma de quando ele era operário e de quando ele era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Eu espero que a gente possa tirar de lição e ter esse companheiro de referência para que a gente possa, de fato, voltar às nossas origens e mudar tudo aquilo que aconteceu de errado na nossa luta dos trabalhadores, dos sindicatos, do Partido dos Trabalhadores e termos como referência essa figura estupenda, magnífica, maravilhosa que se chama Luiz Inácio Lula da Silva".

O ex-deputado federal também criticou o distanciamento do PT das classes trabalhadoras do país, e disse que é necessário voltar a se relacionar com a população. "O Partido dos Trabalhadores foi formado com os lucros de base, foi formado da luta dos trabalhadores nas greves, o oxigênio que o partido aspira e inspira é o movimento social e, lamentavelmente a gente tem que fazer essa reflexão e chegar nessa conclusão de que o Partido dos Trabalhadores está asfixiado porque o oxigênio que ele respirava ele deixou de respirar. Nós não vemos, não olhamos, não analisamos um deputado, um vereador, um prefeito do partido no movimento, o PT formou uma máquina para disputar eleições, esqueceu a sua origem como partido classista, como partido que tinha a pretensão de mudar a sociedade, como partido da classe trabalhadora e, de repente, o PT esqueceu sua origem, esqueceu da onde ele veio e montou essa máquina para disputar eleições automaticamente. Quando você esquece sua origem e a cabeça reflete onde seus pés pisam, nós chegamos à essa situação".

Sobre a mobilização para greves, Djalma Bom afirmou que é preciso fazer com que a população entenda a importância e a necessidade de um protesto. "Ninguém consegue realizar greve sem o convencimento dos trabalhadores e das categorias. A primeira coisa para acontecer uma greve é que os trabalhadores que vão participar dessa greve estejam convencidos da necessidade da existência de uma greve. Ninguém constrói greve de cima para baixo, temos a experiência das greves de 1978, 79, 80 e 83 no ABC em que as greves não foram construídas, formadas simplesmente pela vontade e liderança do companheiro Lula, as greves aconteceram, logicamente que o companheiro Lula era uma grande liderança, mas existia a disposição e a vontade da classe trabalhadora de fazer greve".

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra: