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Dodge monta equipe e troca peças-chave da Lava Jato

Nesta terça-feira (22), a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou sete novos integrantes da sua equipe, num esforço de se diferenciar do atual procurador-geral, Rodrigo Janot; Dodge irá fazer mudanças em postos-chaves da Operação Lava Jato, algo que pode ser determinante para os rumos das investigações

raquel dodge (Foto: Charles Nisz)
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247 - 27 dias antes de tomar posse, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou nesta terça-feira (22) a composição da sua equipe. O time tem mudanças em postos-chave da Operação Lava Jato. Alguns movimentos marcam diferença entre Dodge e Janot, o atual procurador:

1) Será criada uma nova secretaria, de Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai abarcar o grupo de trabalho da Lava-Jato;

2) Secretarias decisivas à operação trocam de mãos;

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3) O grupo da Lava-Jato será capitaneado por dois procuradores da República experientes em casos rumorosos, como os mensalões petista e mineiro e a Operação Zelotes, sem relação com o grupo montado por Janot, o que indica que essa força-tarefa terá um alto índice de renovação.

Conhecida por ter perfil discreto, Dodge segura informações, de forma a fazer valer as decisões tomadas. No fim de julho, ela escolheu cinco procuradores para fazer a transição até a posse, em 18 de setembro. Nesta terça, Dodge anunciou outros sete nomes da equipe. A titular da secretaria recém-criada será a procuradora regional da República Raquel Branquinho, que tem um histórico de atuação em casos de corrupção e atuou no caso do mensalão.

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Outro membro dessa secretaria será o procurador regional José Alfredo de Paula Silva. Com menos de 40 anos, Silva entrou no MP em 2003, e agora estará à frente do grupo de trabalho da Lava-Jato, ao lado do procurador regional Alexandre Espinosa, outro integrante do núcleo de ações originárias.

Raquel reforçou convite para que os nove integrantes do grupo de trabalho da Lava-Jato permaneçam na força-tarefa. Desde o início, porém, já não havia a intenção de a maioria dos procuradores permanecer no grupo. Assim como a nova gestão queria renovação no grupo da Lava Jato.

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Na Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional, que ganhou protagonismo em razão do caráter transnacional da Lava-Jato, entrará Cristina Romanó. Cristina tem experiência no tema, atuando no quadro de promotores do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, em Haia.

O procurador da República Pablo Barreto, da Bahia, será o novo secretário de Pesquisa e Análise. Essa secretaria foi fundamental para os trabalhos da Lava Jato, desenvolvendo novas tecnologias de perícia e um trabalho de coleta de provas que embasaram as denúncias de Janot.

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O vice-procurador-geral da República será o subprocurador-geral Luciano Mariz Maia, vindo da área de Direitos Humanos e com reconhecimento acadêmico. Maia tem boa interlocução com os movimentos sociais.

O novo vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, também tem atuação na academia e é vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Os outros nomes anunciados por Raquel são Zani Cajueiro, que será secretária-geral do MPU; Lauro Cardoso e Marcelo Ribeiro Oliveira, que vão atuar na secretaria a ser criada; Alexandre Camanho, secretário-geral jurídico; e Sidney Pessoa Madruga, coordenador do Grupo Executivo Nacional de Função Eleitoral.

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