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      Dono do Bahamas diz que Aref Saab pediu R$ 170 mil para liberar hotel

      Depoimento de Oscar Maroni é a primeira acusação formal de corrupção feita na investigação sobre evolução de bens do ex- diretor da Prefeitura de São Paulo

      Dono do Bahamas diz que Aref Saab pediu R$ 170 mil para liberar hotel (Foto: Folhapress_Reprodução/TvFolha)
      Roberta Namour avatar
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      247 – O empresário Oscar Maroni acusou Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor responsável pela aprovação de empreendimentos médios e grandes de São Paulo, de pedir R$ 170 mil de propina para regularizar um hotel em Moema. Demitido por Gilberto Kassab, Aref é investigado por comprar106 imóveis nos sete anos em que chefiou o Aprov, com rendimentos declarados de R$ 20 mil mensais. Trata-se da primeira acusação formal contra ele.

      Leia na matéria da Folha:

      O empresário Oscar Maroni disse ontem, em depoimento ao Ministério Público, que o ex-diretor da Prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab pediu a ele R$ 170 mil de propina em troca da regularização de um hotel em Moema, na zona sul da cidade.

      Trata-se do primeiro depoimento formal de acusação de corrupção feita contra Aref.

      Até agora, havia uma carta anônima encaminhada ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e, em seguida, à Corregedoria-Geral do Município.
      Conforme o "TV Folha" revelou, o ex-diretor comprou 106 imóveis nos sete anos em que chefiou o Aprov, departamento responsável por liberar empreendimentos de médio e grande porte. Seu patrimônio é estimado em R$ 50 milhões. Seus rendimentos declarados são de R$ 20 mil mensais.

      Nas quatro horas de depoimento, Maroni deu detalhes de como teria ocorrido o pedido de Aref, mas não apresentou provas documentais.
      Ele afirmou que a propina não foi paga até "por receio de que fosse uma armadilha".

      À Folha Maroni admitiu que teria entregue o dinheiro ao ex-diretor se tivesse a mínima garantia de sucesso, já que seu prejuízo era muito maior do que os R$ 170 mil.

      O empresário é dono da boate Bahamas, interditada pela prefeitura sob acusação de favorecer a prostituição. Maroni chegou a ser preso (leia ao lado). O pedido de reabertura da casa será julgado hoje no Tribunal de Justiça.

      Maroni também é dono do Oscar's Hotel, fechado em 2007, ainda em obras, após o acidente com o avião da TAM.
      Para a prefeitura, o local interfere na rota dos aviões que usam o aeroporto de Congonhas. Foi sobre este último imóvel, construído irregularmente, que teria ocorrido o pedido de propina de Aref.

      Em outro trecho do depoimento, Maroni disse ter recebido em seu escritório um engenheiro sem ligação com a prefeitura acompanhado de outro homem não identificado que afirmou que seria possível liberar a boate e o hotel por R$ 10 milhões.

      Pré-candidato à prefeitura e responsável pela nomeação de Aref para o Aprov quando era prefeito, em 2005, José Serra (PSDB) disse ontem que, se eleito, irá mudar o sistema de emissão de licenças, integrando vários serviços em um balcão único e "automatizando o máximo possível". "Assim não fica na mão de uma pessoa, de duas", disse.

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