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Dra. Delação partiu com marido condenado

A advogada criminalista Beatriz Catta Preta conheceu Carlos Eduardo Catta Preta Júnior como cliente, preso por falsificação de dinheiro; nesta semana, ela anunciou deixar a defesa de três investigados na Lava Jato porque estaria de mudança para Miami, onde está com o marido, que foi flagrado pelo Denarc com mais de 350 mil dólares falsos em 2001; a advogada foi responsável por nove dos 17 acordos de colaboração premiada na investigação da Petrobras, com os quais pode ter amealhado até R$ 45 mi; quem fazia as cobranças de seus clientes era o marido linha-dura; a origem de pagamentos de investigados na Lava Jato à advogada é questionada por parlamentares da CPI da Petrobras, que querem ouvir seu depoimento

A advogada criminalista Beatriz Catta Preta conheceu Carlos Eduardo Catta Preta Júnior como cliente, preso por falsificação de dinheiro; nesta semana, ela anunciou deixar a defesa de três investigados na Lava Jato porque estaria de mudança para Miami, onde está com o marido, que foi flagrado pelo Denarc com mais de 350 mil dólares falsos em 2001; a advogada foi responsável por nove dos 17 acordos de colaboração premiada na investigação da Petrobras, com os quais pode ter amealhado até R$ 45 mi; quem fazia as cobranças de seus clientes era o marido linha-dura; a origem de pagamentos de investigados na Lava Jato à advogada é questionada por parlamentares da CPI da Petrobras, que querem ouvir seu depoimento (Foto: Gisele Federicce)
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247 – O motivo dado pela advogada Beatriz Catta Preta ao juiz Sérgio Moro para deixar a defesa de três investigados na Lava Jato esta semana – Júlio Camargo, Pedro Barusco e Augusto Ribeiro de Mendonça – foi sua mudança para Miami, nos Estados Unidos. É onde a criminalista, especialista em delação premiada, já está com o marido, condenado em 2003 por falsificação de dinheiro.

Carlos Eduardo Catta Preta foi flagrado e preso em 2001 em Alphaville, Grande São Paulo, com 50 mil dólares em notas falsas presas na cintura, segundo reportagem das jornalistas Mariana Barros e Laryssa Borges, de Veja. Agentes do Denarc – departamento de combate ao tráfico de drogas – encontraram em sua casa ainda 350 mil dólares falsos escondidos no banheiro.

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O falsificador de dólares foi atrás de um advogado e, por indicação de um amigo, chegou ao escritório de Pedro Rotta, onde trabalhava Beatriz Lessa da Fonseca, então seu nome de solteira. Foi quando os dois se conheceram. Ela trabalhou em sua defesa e conseguiu que ele respondesse em liberdade. Carlos Eduardo foi condenado a três anos de prestação de serviços comunitários e começou a namorar Beatriz.

Os dois se casaram e tiveram dois filhos. Hoje, o marido é quem cuida das cobranças dos honorários dos clientes de Beatriz, chegando até a estabelecer os valores. A estratégia seria uma forma de evitar o desgaste da relação advogada-delator. Outra nota no site da revista, assinada por Ana Clara Costa, dá conta de que "doutor Carlos", como é chamado, usa métodos indelicados para fazer as cobranças, mesmo de famílias fragilizadas por conta das prisões dos acusados.

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De acordo com relatos, não é incomum presenciar socos na mesa, gritos e xingamentos por parte do marido de Beatriz, que é ex-policial, sem distinção entre clientes. A cobrança conta com a mesma rispidez no caso de casos grandes, que rende quantias vultosas para o escritório, a exemplo da Lava Jato, ou de casos menores. Segundo amigos, ele exerce grande influência sobre a mulher.

Especula-se, no meio jurídico, que os honorários de Beatriz Catta Preta estejam entre R$ 2,5 milhões e R$ 5 milhões por causa. Tendo sido responsável por nove das 17 delações premiadas da Lava Jato – entre elas a do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que revelou todo o esquema de corrupção – ela deve ter partido para Miami com no mínimo R$ 22,5 milhões e pode ter amealhado, em toda a investigação da estatal, até R$ 45 milhões.

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Atacada por críticos da delação premiada, a advogada decidiu deixar a defesa de Júlio Camargo duas semanas depois de ele ter revelado o repasse de US$ 5 milhões em propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nunca havia sido citado por ele antes. Segundo o lobista, o motivo foi medo de perseguição por parte do deputado. Cunha usa o fato para se defender: considera "estranha" a nova informação no depoimento.

Desde então, Beatriz Catta Preta vem sendo questionada por parlamentares da CPI da Petrobras, na Câmara, sobre a origem de seus honorários. O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) apresentou um requerimento exigindo a convocação da criminalista para que explique se os pagamentos que recebe de seus clientes não são do esquema de corrupção e outro requerimento, para uma juíza do Paraná, solicitando a lista dos clientes da advogada.

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