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É preciso combater as drogas para diminuir a violência

O crack alastrou-se 700% nos últimos quatro anos, o crime tomou conta do interior e as mortes sucedem rotineiramente. A situação é gravíssima!

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O Brasil continua sendo um dos países mais violentos do planeta. No período de um ano, em nosso território, vitimaram-se mais pessoas do que em qualquer conflito mundial. Só os números da Segunda Guerra superam as mortes, que retratam as estatísticas apavorantes em nosso país , anualmente.

De maneira indubitável, as drogas são os ingredientes mais perversos dessa carnificina. Elas são responsáveis pela elevação dos índices de criminalidade, incluindo os diversos tipos penais. Além do efeito devastador, capaz de gerar mais violência, elas aniquilam os sonhos e destroem o futuro dos nossos jovens.

O Brasil, que é um país de dimensão continental, tem tido sérias dificuldades para coibir o ingresso de drogas como a cocaína, por exemplo. Em razão dos mais de dezessete mil quilômetros de fronteira, faz-se necessário realizar investimentos consideráveis em nossas forças de segurança. Além de questões como aumento do efetivo e da imprescindível valorização profissional, não podemos olvidar que é preciso adquirir equipamentos dotados de alta tecnologia, apropriados para as devidas ações de combate ao tráfico nessas localidades.

As forças armadas, que estão sendo negligenciadas pelos governos democráticos, precisam, também, com urgência!, de investimentos. Os atuais soldos dos militares são insignificantes. Os números consignados, nos respectivos holerites, chegam a ser vergonhosos, o que demonstra a completa falta de respeito do governo em relação aos integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Quanto aos equipamentos, não é bom nem falar, pois a maior parte deles está suplantada.

A somação de instituições federais de segurança com as forças armadas é capaz de produzir, incontestavelmente, excelentes resultados para a sociedade. Por essa razão, todos querem instituições fortes e valorizadas. Enquanto isso não ocorre, o quadro de insegurança torna-se cada vez mais preocupante. As drogas espalham-se rapidamente por todos os lugares, motivando fenômenos como a interiorização do crime e acrescentando, nas ruas e nos lares, inumeráveis dependentes químicos. Isso é aterrorizante para as famílias.

Estar nas proximidades de países como Bolívia, Paraguai, Venezuela, Peru e Colômbia exige dos governantes uma eleição de prioridades mais ajuizada. Se não ficar claro que é imperioso reestruturar as forças de segurança e as forças armadas para proibir o ingresso das drogas no país, estaremos comprometendo o amanhã.

O Brasil não pode apegar-se, tão somente, aos dados econômicos que o elevam à categoria de país rico. Não adianta ser a quinta economia do mundo com os registros aviltantes de consumo de crack, de homicídios e de outras informações catastróficas que temos no presente. O país tem que encontrar meios para sair da octogésima quarta posição em termos de índice de desenvolvimento humano - IDH- e ocupar lugar de proeminência nessas comparações.

Não dá mais para assistir a discursos que tratam apenas de relações comerciais, de protecionismos e de símbolos financeiros dissociadas da preocupação com o que efetivamente tem atormentado a gente brasileira. O país virou um barril de pólvora. O crack alastrou-se 700% nos últimos quatro anos; crime tomou conta do interior, e as mortes sucedem rotineiramente. A situação é gravíssima!

São muitas as políticas públicas que precisam ser implementadas para que possamos chegar ao primeiro mundo. Os mais diversos setores estão desprovidos de ações eficazes, mas, em relação à segurança e ao combate às drogas, as providências tornaram-se inadiáveis. Chegamos ao fundo do poço.

Dotar o país de um sistema educacional que ofereça às nossas crianças e aos adolescentes uma educação de qualidade; conscientizar os nossos jovens sobre os males que são causados pelas drogas, inserindo conteúdos sobre o assunto em disciplinas concernentes; propiciar aos nossos concidadãos condições dignas de trabalho; estruturar a saúde pública para atender e recuperar os dependentes químicos são procedimentos impreteríveis. Contudo, não podemos descuidar do que de fato origina todos os incômodos. Temos que agir com eficiência contra os traficantes e diminuir, em passo acelerado, o consumo de drogas no país.

Mendonça Prado é advogado, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e vice-presidente do Democratas

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