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Economista de Bolsonaro diz que subida do dólar é fruto de incerteza política

"Mercado teme o desconhecido, ele prefere uma situação desconfortável conhecida do que às vezes arriscar melhora em situação de incerteza. Então é natural que haja certa insegurança", disse o economista chamado de 'Posto Ipiranga' para a economia pelo próprio candidato

Economista de Bolsonaro diz que subida do dólar é fruto de incerteza política (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Reuters - Coordenador do programa econômico de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o economista Paulo Guedes disse à Reuters nesta quarta-feira que o avanço do candidato à Presidência nas pesquisas de intenção de voto é "pedido por ordem" no país, e que a alta do dólar sobre o real "é natural" em função das incertezas que rondam as eleições.

"Ele (Bolsonaro) está subindo, podem dizer o que quiser a respeito do estatismo dele, a respeito de ser estatizante, ele não está na frente por temas econômicos, ninguém está nem aí para mim. O fenômeno eleitoral se chama Jair Bolsonaro, não se chama Paulo Guedes", disse.

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Guedes, a quem Bolsonaro costuma se referir como seu "Posto Ipiranga" para a economia, avaliou que o avanço do candidato é calcado sobretudo na postura de combate à violência e defesa da vida e propriedade privada. Ele também afirmou que Bolsonaro é "flexível e pragmático o suficiente" para se posicionar a favor de propostas liberais após já ter tido "visão do Brasil grande que os militares tiveram".

Segundo pesquisa Datafolha, Bolsonaro lidera a corrida presidencial com 22 por cento das intenções de voto quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aparece na disputa, seguido por Marina Silva (Rede), com 16 por cento. Neste cenário, Geraldo Alckmin (PSDB), que é visto como o candidato favorito do mercado, crava 9 por cento.

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Reagindo ao quadro que já vinha sendo pintado em levantamentos anteriores, o dólar voltou a subir nesta quarta-feira, chegando próximo de 4,10 reais na máxima do dia. Terminou a 4,0559 reais na venda, maior nível desde 16 de fevereiro de 2016.

Para Guedes, o mercado financeiro brasileiro "tem inclinação por candidaturas do establishment".

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"Mercado teme o desconhecido, ele prefere uma situação desconfortável conhecida do que às vezes arriscar melhora em situação de incerteza. Então é natural que haja certa insegurança", afirmou ele, após classificar que os últimos governos no Brasil consagraram um "paraíso para rentistas".

Ele também ponderou que o atual cenário não deixa de ser influenciado pelos desdobramentos externos.

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"Do início dos anos 80 até meados dos anos 2000 tivemos praticamente 25 anos de juros declinantes (no mundo). E depois tivemos nos últimos 10 anos juros muito baixos. Esse período acabou. Os juros agora vão subir vários anos, devagar, devagarzinho", disse.

"Ambiente que foi extraordinariamente favorável para Brasil, que tinha comércio livre, juros baixos, isso está acabando. Agora tem briga, tem guerra comercial, tem juros subindo, tem uma incerteza econômica lá fora", acrescentou.

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A caminho de sua terceira conversa recente com membros da atual equipe econômica nesta quarta-feira, Guedes afirmou que o encontro com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi marcado desta vez a seu pedido.

O objetivo, segundo ele, é construir propostas para enfrentamento de problemas reais a partir da análise dos números e do painel de controle do governo.

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Sobre o programa sob sua responsabilidade, Guedes voltou a defender uma reformulação tributária que culmine num imposto único, com "base e incidência diferentes". Sem dar mais detalhes, ele estimou que essa mudança poderia eliminar os encargos trabalhistas, abrindo espaço para geração de 5 a 10 milhões de empregos num prazo de dois a três anos.

Guedes também ressaltou que, para implementar as reformas consideradas necessárias, um eventual governo Bolsonaro buscará firmar uma aliança de centro-direita na política, amparada por uma reorganização federativa, com mais recursos direcionados a Estados e municípios.

Falando a respeito do nível dos juros aos consumidores no Brasil, ele avaliou que o alto déficit do governo é a principal causa do problema, pois acarreta a necessidade de uma Selic mais alta para o país se financiar. Pontuou, por outro lado, que há "spread brutal" para o tomador final de empréstimos, e que a concentração bancária é "seguramente um fator".

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