Eletrobrás desrespeita governança e fortalece sua influência na Eletronuclear
Empresa indicou vice-presidentes como conselheiros independentes, contrariando recomendações e a Lei das Estatais

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247 - A Eletrobras contrariou os princípios de governança da Eletronuclear e aumentou sua influência no Conselho de Administração da estatal. Em 27 de abril, a empresa privatizada conseguiu emplacar dois de seus vice-presidentes como conselheiros independentes na Eletronuclear, apesar da recomendação contrária da governança da empresa. A Eletrobras alega que essa indicação está de acordo com a Lei das Estatais.
Quando a Eletrobrás foi privatizada, um acordo de acionistas com a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) concedeu à empresa o direito de indicar o diretor Financeiro da Eletronuclear e dois conselheiros de administração independentes. Em 20 de março, a Eletrobras indicou Camila Gualda Sampaio Araújo e Élio Gil Meirelles Wolff para as vagas independentes. No entanto, um parecer jurídico indicou que eles não poderiam ser considerados independentes, uma vez que são funcionários da Eletrobras, o que contraria a Lei das Estatais.
Apesar do parecer contrário do Comitê de Elegibilidade e do Conselho de Administração da Eletronuclear, os acionistas aprovaram as indicações em uma assembleia ordinária realizada no dia 27 de abril. Em nota, a Eletrobrás afirmou que as indicações estão em conformidade com a Lei das Estatais, argumentando que os conselheiros eleitos pelos acionistas minoritários são considerados independentes.
“A indicação da Eletrobras se dá com base no disposto no parágrafo 4º. faça arte. 22 da Lei de Empresas Estatais, que considera os conselheiros eleitos pelos acionistas minoritários como independentes. Como a Eletrobras é acionista minoritária, e não uma sociedade coligada da Eletronuclear, não se aplica o artigo 22, §1º., inciso IV da mesma Lei das Empresas Estatais. ”
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