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Eliane: tomate é grande ausência nos protestos

Colunista da Folha ignora pauta do Movimento Passe Livre, que protestou contra o aumento da passagem, e diz que "confronto entre o aumento de preços e a corrupção foi a gota d´água que empurrou as pessoas às ruas"; para ela, o grande ausente é o tomate, apontado como vilão da alta de preços por especialistas como a apresentadora Ana Maria Braga

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247 – Impondo mais uma pauta às recentes manifestações populares, a colunista a Folha de S.Paulo Eliane Cantanhêde diz que "o grande ausente" dos protestos "foi o tomate". Ignorando a principal reclamação da multidão de jovens que saiu às ruas, contra o aumento da passagem e por um transporte público de qualidade, ela crava que a gota d´água para que a população se revoltasse foi "o confronto entre o aumento de preços e a corrupção".

Leia abaixo:

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A revolução do tomate

O grande ausente das manifestações, vamos convir, foi o tomate. O confronto entre o aumento de preços e a corrupção foi a gota d'água que empurrou as pessoas às ruas e às portas dos palácios.

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Como bem explicitou a Folha, os protestos são contra "tudo". Logo, não são contra a presidente Dilma Rousseff. Mas são também contra ela e o que representa, tanto que a marca da quinta-feira foi que os manifestantes chegaram perigosamente perto do Palácio do Planalto.

Dilma demorou demais a falar, demonstrou fraqueza ao correr para o colo de Lula e o pronunciamento de sexta-feira foi mais do mesmo quando presidentes se sentem sob pressão, em apuros.

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Convocou um pacto nacional, prometeu reforma política, elogiou as manifestações democráticas, condenou os excessos e anunciou medidas que levam anos para ter resultados. Só faltou criar uma comissão.

A reação não resolve um grande problema de Dilma neste momento: a falta de discurso político.

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Internamente, ela perde uma das principais armas para enfrentar o pibinho, a inflação, o aumento dos juros, a Bolsa despencando e o dólar insolente: os bons índices de emprego. Em meio à crise, passou quase despercebida a notícia de que a criação de vagas formais em maio é a menor em 21 anos. Isso, apesar de previsível, é demolidor sob o ponto de vista econômico e político.

Externamente, Dilma também perde a chance de repetir em futuras viagens internacionais, principalmente a Washington, em outubro, a arrogância de dizer que EUA, Alemanha e África do Sul, por exemplo, deveriam seguir a política econômica brasileira. Isso já era.

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Falta muito tempo para a eleição, os aliados não têm saída e a oposição parece invisível. Mas não é à toa que manifestantes optam pelo voto quimera em Joaquim Barbosa. No fim das contas, Dilma continua favorita, mas ser reeleita só por exclusão não parece nada alvissareiro.

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