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      Em 2016, Dallagnol recusou-se a receber prêmio ao lado de Bolsonaro

      O procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol rejeitou receber um prêmio ao lado de Jair Bolsonaro e "outros radicais de direita", de acordo com o Intercept Brasil. Agora Dallagnol deve perder a base de apoio que lhe restava na extrema-direita e, com isso, selar sua queda. Mesmo antes das novas revelações, Bolsonaro já havia atacado o parceiro de Moro na Lava Jato, chamando-o de "esquerdista tipo PSOL"

      247 - O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público no Paraná, Deltan Dallagnol, rejeitou receber um prêmio ao lado de Jair Bolsonaro (PSL) e "outros radicais de direita". É o que apontam mensagens privadas de integrantes da força-tarefa enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com o UOL. Com a nova revelação da Vaza Jato, Dallagnol deve perder a base de apoio que lhe restava na extrema-direita e, com isso, selar sua queda. Mesmo antes do novo pacote de revelações do Intercep, Bolsonaro já havia atacado o parceiro de Moro na Lava Jato, chamando-o de "esquerdista tipo PSOL".

      De acordo com a matéria, "a ideia era não se vincular a bandeiras político-ideológicas, de acordo com nota enviada à reportagem, como as do ex-capitão do Exército que hoje sugere que Deltan seja um 'esquerdista tipo PSOL'. O prêmio em questão foi o 'Liberdade 2016', concedido no Fórum Liberdade e Democracia, organizado pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo, em 22 de outubro daquele ano no Transamérica Expo Center".

      Em mensagem publicada em 5 de outubro no grupo Filhos do Januário 1, que reúne procuradores do MPF no Paraná, Dallagnol confirmou que iria receber a premiação.

      "Vou receber porque me parece positivo para a LJ, mas vou pedir para ressaltarem de algum modo, preferencialmente oifical, que entregam a mim como símbolo do trabalho da equipe", disse.

      Três dias antes do evento, Deltan foi aconselhado por um assessor da força-tarefa a não participar para evitar que associasse a imagem da Lava Jato à do então deputado federal Jair Bolsonaro, que participaria de uma mesa durante o evento.

      "Enquanto conversava pelo aplicativo com o assessor, Deltan mudou de opinião e avisou na madrugada do dia 20 o grupo Filhos de Januário 1 que não iria à premiação, por contar 'com Jair Bolsonaro como um dos vários palestrantes e com homenagem a um vereador de SP [Fernando Holiday, do DEM-SP] que foi um dos líderes do impeachment'", destaca a reportagem. 

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