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Em depoimento à PF, Freire Gomes diz que Bolsonaro apresentou duas minutas de golpe

Depoimento do brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, também implicou o ex-mandatário diretamente na trama golpista

Jair Bolsonaro, Freire Gomes e Almir Garnier Santos (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
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247 - Em depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura a suposta tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o general Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, relatou que “foram apresentadas a ele pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, duas versões da minuta do golpe, avisando que aquilo tinha que ser implementado”, diz a jornalista Míriam Leitão, em sua coluna no jornal O Globo. Ainda segundo a reportagem, o depoimento do brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, também confirmou a trama golpista.  

O depoimento de Freire Gomes foi considerado pelos investigadores como "consistente" e "revelador", uma vez que ajuda a preencher lacunas sobre a reunião em que se discutiu detalhes do plano golpista, seus participantes e os detalhes do encontro. A minuta do golpe, encontrada no gabinete de Bolsonaro na sede do PL, reforçou a consistência da oitiva do general. >>> Freire Gomes afirmou à PF que se opôs a Bolsonaro e ao Ministério da Defesa sobre golpe

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“O ponto central dos depoimentos, principalmente o do general Freire Gomes, é que o próprio presidente apresentou a minuta. Foi Bolsonaro também quem chamou reservadamente no Alvorada, o general Estevam Theophilo, comandante do Coter, o comando das Operações Terrestres, onde teria mostrado o ‘firme propósito de implementar o que estava escrito'". Aos investigadores, Theophilo disse que participou da reunião a mando de Freire Gomes, mas o general não confirma esta versão e nega ter dado alguma ordem neste sentido. >>> Investigados por golpismo temem que Freire Gomes tenha revelado muito mais que Mauro Cid

Uma questão que intriga os investigadores é o motivo pelo qual o general Freire Gomes não denunciou imediatamente o que estava sendo planejado. A estratégia de não denunciar e a falta de ação para desfazer os acampamentos diante dos quartéis são pontos em aberto na investigação. >>> Freire Gomes diz que afirmou a Bolsonaro que militares não encontraram fraude nas urnas

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De acordo com militares ouvidos pela reportagem, “denunciar poderia ser entendido como interferência no processo eleitoral. Nada falar também poderia ser entendido como interferência e que o general Freire Gomes tem a seu favor o fato de que a disciplina foi preservada nas 667 organizações militares da Força Terrestre”.

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