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Em depoimento, Anderson Torres culpa subordinados por bloqueios da PRF nas eleições de 2022

A corporação realizou bloqueios em rodovias que dificultaram o trânsito de eleitores em regiões onde Lula tinha grande vantagem

Anderson Torres na CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado )

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247 - O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, culpou os seus subordinados pelas ações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, informa O Globo. A corporação realizou bloqueios em rodovias que dificultaram o trânsito de eleitores, principalmente na região Nordeste, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL).

Torres culpou Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira e Marília Ferreira de Alencar, os demais indiciados no caso. Eles são policiais federais e estavam cedidos ao Ministério da Justiça naquela ocasião. O ex-ministro afirmou que os indiciados agiram por conta própria, sem que ele autorizasse ou tivesse conhecimento sobre as ações.

Anderson Torres também disse que nunca pediu a elaboração de um plano de trabalho da PRF nas eleições daquele ano. Após o depoimento, a defesa de Torres emitiu uma nota na qual disse que o ex-ministro da Justiça “esclareceu todas as dúvidas em relação à sua conduta no 2º turno das eleições de 2022” e que respondeu a todos os questionamentos.

A defesa afirma que a então diretora de Inteligência da pasta, Marília de Alencar, apresentou a ideia de intensificar as operações de fiscalização em regiões onde Lula e Bolsonaro tinham mais disparidade de votos, mas o plano teria sido rejeitado pelo próprio Torres. Já Marília disse que foi o próprio ex-ministro que pediu para levantar a quantidade de agentes que poderiam ser utilizados no dia da votação.

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