CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Em lives, Arthur Weintraub detalhou funcionamento do "gabinete paralelo", com "300 pessoas na rede de contatos"

Ex-assessor da Presidência debateu por duas vezes com o médico Luciano Dias Azevedo e ambos explicaram a formação de um grupo de aconselhamento de Bolsonaro sobre a pandemia: "você começou isso lá no começo de março [de 2020], pedindo para juntar gente para estudar [tratamento precoce]"

Arthur Weintraub e Luciano Dias Azevedo (Foto: Marcos Corrêa/PR)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Ex-assessor da Presidência, Arthur Weintraub esclareceu como funcionava, ou funciona, o chamado "gabinete paralelo" que orienta Jair Bolsonaro a como gerir a pandemia de Covid-19 no Brasil. A Folha de S. Paulo informou nesta quinta-feira (3) que Weintraub realizou duas lives pelo YouTube com o médico anestesista Luciano Dias Azevedo em 2020 e 2021 e ambos explicaram o sistema de aconselhamento presidencial.

Arthur Weintraub é idealizador do gabinete paralelo e Luciano Dias Azevedo é um dos próceres da defesa do suposto "tratamento precoce" contra a Covid-19. Ele inclusive chegou a ser citado pela médica Nise Yamaguchi durante depoimento à CPI da Covid na terça-feira (1).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A existência do gabinete paralelo é uma das principais teses dos senadores da CPI, que acreditam haver um grupo fora do Ministério da Saúde, formado por negacionistas e alheios à medicina, responsável por aconselhar Bolsonaro sobre a crise sanitária.

Em uma das lives, Arthur Weintraub disse que cerca de 300 pessoas orientavam Bolsonaro. Em 8 de julho de 2020, Azevedo agradece Weintraub por ter criado o grupo paralelo. "Eu quero te agradecer [Arthur], muito obrigado por essa jornada, de dias e noites que conversamos tanto, estudamos tanto juntos, discutimos tanta coisa. Você começou isso lá no começo de março [de 2020], pedindo para juntar gente para estudar [tratamento precoce]".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Weintraub então responde o colega, admitindo que o médico também foi responsável pela criação do gabinete. ”Você juntou um grupo gigante. As pessoas não sabem. Você deve ter umas 300 pessoas na tua rede de contatos, networking, só da hidroxicloroquina. Você é antenado, você sabe o que está acontecendo lá fora”.

Em conversa neste ano, Azevedo diz que Arthur Weintraub atuou junto ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub ao coletar supostas evidências da eficácia do tratamento precoce e foi quem apresentou a Bolsonaro as teses. "Arthur começou a buscar junto com o Abraham para achar soluções para o país e para os hospitais e levava os artigos para o presidente ler. O presidente foi entendendo a doença, foi entendendo as possíveis soluções, o tratamento [precoce] era uma das soluções".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ele ainda cita diversos médicos que participaram do aconselhamento paralelo, inclusive Nise Yamaguchi. “Fomos construindo e agregando, aí veio o Zanotto, veio o Paulo, que é um colega da Unifesp que trabalha na área de linguística, o Marcelo, a Nise, o Wong, o Zeballos, a Marina, Luciana, Jorge, Zimmermann, já são mais de 10 mil. Entre fevereiro e março [de 2020] éramos nós que estávamos estudando, o Arthur tentando conectar esse pessoal todo”.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO