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Em meio a surto no Pantanal e na Amazônia, Ibama manda recolher todos os agentes de combate a incêndios

A ordem foi da Diretoria de Proteção Ambiental, que opera o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais

Ibama tenta controlar incêndio em trecho da floresta amazônica em Apuí, Amazonas (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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247 - O Ibama mandou recolher todos os agentes de combate a incêndios do órgão a partir da meia-noite desta quinta-feira, 22, por suposta falta de recursos, segundo reportagem do Estado de S.Paulo. A ordem foi da Diretoria de Proteção Ambiental, que opera o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

Em ofício, o Ibama determinou "o recolhimento de todas as Brigadas de Incêndio Florestal do IBAMA para as suas respectivas Bases de origem, a partir das 00:00H (zero hora) do dia 22 de outubro de 2020, onde deverão permanecer aguardando ordens para atuação operacional em campo".

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O Ibama encara uma queda de braços com o Ministério da Economia e alega que órgão tem segurado a execução financeira do orçamento do Ibama. No fim de agosto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a informar  que, por causa de bloqueios financeiros para o Ibama e Instituto Chico Mendes (ICMBio), seriam interrompidas todas as operações de combate ao desmatamento ilegal nas duas regiões e também no restante do País.

A medida ocorre em meio a uma explosão de incêndios sem precedentes no País. Os primeiros 20 dias do mês de outubro de 2020 foram uma catástrofe para o Pantanal. Neste tempo, o bioma queimou 408% a mais, com 2.667 focos de incêndio, do que no mesmo período de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Além do Pantanal, a Amazônia também foi fortemente impactada, com mais de 12 mil focos de incêndio somente nos primeiros 20 dias do mês, um aumento de 211% em relação a 2019. No Cerrado foram 11.946 focos registrados no período, um crescimento de 86%.

O porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, criticou, segundo o jornal O Globo, a inação do governo Jair Bolsonaro diante do problema. 

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“Não existe nenhum esforço de prevenção aos desmatamentos e queimadas, e as soluções apresentadas pelo governo como a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou a Moratória do Fogo se mostrou completamente ineficiente. Agora a questão que fica é se foi por pura incompetência ou conivência com aqueles poucos que irão lucrar com toda essa destruição”.

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