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Embaixada de Israel responde Weintraub e pede que Holocausto não seja usado em disputa política

A nota pede que o Holocausto não seja usado no debate político, após o ministro ter comparado o inquérito contra as fake news à perseguição dos judeus pela Alemanha Nazista

Embaixada de Israel / Abraham Weintraub (Foto: Divulgação)

247 - A embaixada de Israel no Brasil divulgou um nota respondendo o ministro da Educação, Abraham Weintraub. A nota pede que o Holocausto não seja usado no debate político, após o ministro ter comparado o inquérito contra as fake news à perseguição dos judeus pela Alemanha Nazista.

"Cresci escutando como os Weintraub foram caçados e como sobreviveram ao inferno de Hitler. Escutei como a SS Totenkopft entrava nas casas das famílias inimigas do nazismo. Nesse momento sombrio, digo apenas uma palavra aos irmãos que tiveram seus lares violados: LIBERDADE!", escreveu Weintraub em uma das publicações.

"Hoje foi o dia da infâmia, VERGONHA NACIONAL, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!", afirmou em uma segunda publicação, ao fazer referência ao episódio de 9 de novembro de 1938 na Alemanha nazista, quando sinagogas foram queimadas e estabelecimentos comerciais de judeus foram destruídos.

"Em nome da amizade forte entre nossos países, que cresce cada vez mais há 72 anos, requisitamos que a questão do Holocausto como também o povo judeu ou judaísmo fiquem à margem do diálogo político cotidiano e as disputas entre os lados no jogo ideológico", pediu a embaixada israelense em nota.

"O Holocausto é algo que não desejamos a nenhuma nação, e enfatizamos que isso não seja usado cotidianamente, mesmo em casos que sejam considerados extremos. Nada é tão extremo como o Holocausto, não apenas para os judeus, mas também para outras minorias que sofreram na Europa e no mundo", acrescentou.