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Brasil

Embaixador do Brasil em Paris ataca governadores

O embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, emitiu uma nota ao diretor editorial do jornal Le Monde, Luc Bronner, pela publicação de um texto contra Jair Bolsonaro e atacou governadores do Brasil. Bolsonaro, diz o embaixador, "seria o maior perdedor se as vitórias reunidas em 2019 não se consolidassem e esse é precisamente o objetivo de seus oponentes"

Embaixador Luís Fernando Serra tenta reverter derretimento da imagem de Jair Bolsonaro na França (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
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247 - O embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, emitiu uma nota ao diretor editorial do jornal Le Monde, Luc Bronner, pela publicação de um texto contra Jair Bolsonaro. E resolveu atacar ao governadores brasileiros. "Outro erro que merece ser corrigido: sustentar que o presidente do Brasil espera que 'os efeitos devastadores da crise sejam atribuídos a seus oponentes'. A lógica desta afirmação não se aplica", afirma.

De acordo com o embaixador, Bolsonaro "seria o maior perdedor se as vitórias reunidas em 2019, listadas acima, não se consolidassem e esse é precisamente o objetivo de seus oponentes". "O fato de os governadores que se opõem abertamente ao chefe de Estado serem os maiores entusiastas do confinamento total não é mera coincidência, porque sabem que, como na França, quinze dias de confinamento no Brasil significam 1,5% Retração do PIB", acrescenta. 

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No editorial, o jornal francês afirma não haver "dúvida de que há algo de podre no reino do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, consegue afirmar, sem vacilar, que o coronavírus é uma 'gripezinha' ou uma 'histeria' nascida da 'imaginação' das mídias".

Leia a íntegra da carta:

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EMBAIXADA DO BRASIL 

Sr. Luc Bronner Diretor Editorial Le Monde Paris, 19 de maio de 2020 

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Senhor Diretor, 

Como leitor regular de seu jornal, li, indignado, mas não surpreendentemente, o editorial intitulado "Brasil: o voo perigoso de Bolsonaro". O artigo inteiro é profundamente ofensivo, tanto para o Brasil, onde se montou um "teatro do absurdo", quanto para a biografia e crenças de um presidente eleito por quase 58 milhões de brasileiros. Permitam-me que analise as muitas imprecisões deste texto. Uma das principais é certamente a tese da negação. O presidente Bolsonaro nunca negou a existência do COVID-19. O que ele fez desde o início da crise da saúde é tentar evitar histeria ou pânico dominar a população. Nesse contexto, o Presidente do Brasil sempre apoiou exatamente o que Dominique Moïsi, assessora do Instituto Montaigne, defende: nas economias em que a maioria da população vive "dia a dia", a fome que o confinamento acaba causa mata mais rápido que a pandemia.

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Ciente dessa peculiaridade socioeconômica, o Presidente Bolsonaro defendeu o retorno ao trabalho da população e que apenas as pessoas pertencentes a grupos de risco permanecem em quarentena, o que foi chamado de contenção seletiva ou vertical. Sonho, como brasileiro e embaixador, no dia em que seu jornal tratará um presidente do Brasil que não seja da esquerda com a consideração e o respeito que merece. Acusar o presidente Bolsonaro de "politizar" a crise da saúde é outra imprecisão extraordinária da este editorial. O que é inegável é que a politização da pandemia foi liderada pelos governadores opostos ao presidente brasileiro e que viram no estrito confinamento, às vezes brutalmente imposto, a oportunidade de derrubar os excelentes indicadores econômicos apresentados pelo governo Bolsonaro em 2019, como inflação reduzida para 3%, contra 15% em 2015; taxa de juros de 5%, ante 14% em 2015; Crescimento do PIB de 0,8% em comparação com menos 3,8% em 2015; um risco país de 117 pontos contra 533 em 2015; e, finalmente, um índice da bolsa de valores de São Paulo em 108 mil pontos contra 38 mil em 2015. O cálculo político desses governadores é óbvio: a única chance de Bolsonaro não ser reeleito em 2022 é precisamente desestabilizá-lo para evitar que seu sucesso em 2019 não se repetiu nos anos seguintes.

Cabe destacar que, diferentemente da Suécia, que não estabeleceu confinamento e tem menos mortes por milhão de habitantes do que outros países europeus que o estabeleceram, no Brasil, os Estados ter registrado o maior número de mortes são precisamente aqueles que aplicaram a contenção com o maior rigor. Além disso, o Brasil, o quinto país mais populoso do mundo, registrou 61,86 mortes por milhão de habitantes em 14 de maio, doze vezes menos que a Bélgica, a primeira nesse ranking desastroso. Outro erro que merece ser corrigido: sustentar que o presidente do Brasil espera que "os efeitos devastadores da crise sejam atribuídos a seus oponentes". A lógica desta afirmação não se aplica. De fato, o presidente seria o maior perdedor se as vitórias reunidas em 2019, listadas acima, não se consolidassem e esse é precisamente o objetivo de seus oponentes. O fato de os governadores que se opõem abertamente ao chefe de Estado serem os maiores entusiastas do confinamento total não é mera coincidência, porque sabem que, como na França, quinze dias de confinamento no Brasil significam 1,5% Retração do PIB.

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Um país que, graças às boas políticas adotadas por Bolsonaro, retomou o caminho do crescimento, com empregos criados (um milhão em 2019) e inflação controlada, é tudo o que os opositores do presidente temem. Por fim, vou me concentrar na "tentação autoritária" que sua vida diária atribui ao Presidente Bolsonaro. A esse respeito, gostaria que você me mostrasse um único juiz ou político encarcerado, um único jornalista perseguido, um único jornal censurado para apoiar a hipótese da suposta inclinação do Presidente Bolsonaro à discrição. Como diz seu editorial sobre populistas, "enganando os fatos", o Le Monde acabará acreditando nas ficções que inventa. Como símbolo da imprensa livre, o Le Monde sempre reconheceu o direito de resposta como um dos pilares da democracia. Além disso, agradeceria se você honrasse essa tradição gloriosa publicando essa resposta às imprecisões e imprecisões que abundam em seu editorial. Por favor, aceite, senhor, a garantia da minha mais alta consideração. 

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