Embaixadora dos EUA na ONU afirma que Ucrânia deve ser ouvida nas negociações de paz após reuniões com Janja e Mauro Vieira
Linda Thomas expressou sua decepção com as declarações de Lula, mas ressaltou que o Brasil havia votado consistentemente em resoluções na ONU
247 — A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas, realizou reuniões em Brasília com a primeira-dama Janja da Silva e o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, nesta terça-feira (2). Depois das reuniões, ela afirmou à imprensa que os países que desejam alcançar a paz devem incluir a Ucrânia no processo de negociação.
A embaixadora foi questionada sobre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua viagem à China, quando afirmou que a Ucrânia também tinha responsabilidade na guerra que a Rússia iniciou há mais de um ano. Lula também criticou os Estados Unidos e a União Europeia por fornecerem armas à Ucrânia, o que incentivava o conflito.
Linda Thomas expressou sua decepção com as declarações de Lula, mas ressaltou que o Brasil havia votado consistentemente em resoluções condenando a Rússia no Conselho de Segurança da ONU.
“Nós discutimos essa questão [declarações de Lula]. Expressei, como o governo já ouviu antes, nossa decepção com as declarações que foram feitas. Mas recordo que o Brasil votou consistentemente por resoluções condenando a Rússia no Conselho de Segurança [da ONU]”, respondeu.
Ela também enfatizou a importância de ouvir a Ucrânia nas negociações de paz, já que os Estados Unidos haviam afirmado anteriormente que Lula estava repetindo a propaganda chinesa e russa sobre a guerra.
A embaixadora incentivou os países a se envolverem nas questões relacionadas à busca de uma solução para a guerra, mas enfatizou que era fundamental incluir a Ucrânia na equação para avançar nessa situação.
“Incentivamos os países a se envolverem em questões relacionadas à busca de uma solução para a guerra, mas é importante que, ao fazerem isso, se envolvam com a Ucrânia. Não podemos avançar em uma situação que deixa a Ucrânia fora da equação”, argumentou Linda Thomas.
