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Brasil

Empreiteira suspeita de fraude na Codevasf fez pagamentos para empresa ligada a Juscelino Filho, aponta PF

Investigação da Polícia Federal diz que empresários sob suspeitas repassaram recursos à firma ligada a Juscelino Filho; Barroso manda bloquear R$ 835 mil

Juscelino Filho (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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247 - A Polícia Federal divulgou informações indicando que Eduardo José Barros Costa, apontado como sócio oculto da Construservice, uma empreiteira sob suspeita de fraude em licitações da estatal federal Codevasf, fez pagamentos a uma empresa ligada ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a quantia exata do recurso não foi detalhada na decisão judicial, mas o dinheiro teria sido transferido para a empresa denominada Arco Construções e Incorporações. Embora o ministro não seja formalmente listado como sócio dessa empresa, a Polícia Federal alega que, na prática, a empresa está vinculada a Juscelino Filho.

A investigação da polícia sugere que Juscelino Filho teria se beneficiado de um suposto esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares que ele próprio havia indicado, enquanto exercia o cargo de deputado federal pelo estado do Maranhão. A PF argumenta que Juscelino Filho teria obtido vantagens indevidas não apenas por meio das obras de pavimentação asfáltica que beneficiaram suas propriedades, mas também através de transferências bancárias diretas para intermediários e para sua empresa de fachada.

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Diante das suspeitas, a Polícia Federal solicitou uma operação de busca e apreensão nas propriedades de Juscelino Filho. No entanto, essa solicitação foi negada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que justificou sua decisão alegando preocupações com o impacto institucional de tal medida e a necessidade de garantir que a conduta delituosa seja devidamente apurada. No entanto, o juiz do STF determinou o bloqueio de bens do ministro e de outros dez suspeitos, no valor individual de até R$ 835,8 mil, correspondendo ao suposto prejuízo causado pelas alegadas irregularidades.

Uma fonte do Palácio do Planalto disse à agência Reuters que a situação do ministro das Comunicações piora, mas somente se vai saber se há risco de eventualmente ser demitido quando todos os detalhes da operação vierem à tona e também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar à Brasília de viagem oficial ao Nordeste. Para essa fonte, entretanto, se Juscelino cair, a vaga na Esplanada permanecerá com o União Brasil e provavelmente caberia ao senador e ex-presidente do Senado David Alcolumbre (AP) indicar o sucessor. No momento, o governo discute fazer uma reforma ministerial para dar cargos de primeiro escalão e relevância para o PP e o Republicanos, importantes partidos do chamado centrão.

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Entre os alvos de busca e apreensão da operação, estava Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações e prefeita de Vitorino Freire (MA), conforme a fonte da PF. Ela foi afastada do cargo por decisão do Supremo. Os policiais federais cumpriam 12 mandados de busca e apreensão, determinados pelo Supremo, em cidades do Maranhão como São Luís, Vitorino Freire e Bacabal. Outras medidas cautelares também foram determinadas.

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