Empreiteiras vão alegar extorsão no esquema do doleiro
Advogado Marcio Thomaz Bastos, que comanda a defesa de grandes empresas, como Camargo Corrêa e Odebrecht, vai sustentar a tese de que seria impossível participar de concorrências na Petrobras sem pagar propina ao esquema montado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa; Polícia Federal e a Justiça Federal no Paraná deram cinco dias para que empreiteiras justifiquem depósitos milionários em contas de empresas fantasmas
247 – Acusadas de pagamento de propina para obter vantagens em contratos com a Petrobras, as maiores empreiteiras do Brasil deverão alegar que foram vítimas de extorsão.
Elas foram citadas na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como integrantes do esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef de lavagem de dinheiro e suborno de agentes públicos.
Marcio Thomaz Bastos, que comanda a defesa de empresas como Camargo Corrêa e Odebrecht, vai sustentar a tese de que seria impossível participar de concorrências na estatal sem pagar propina a agentes políticos envolvidos na subtração de recursos públicos.
A Polícia Federal e a Justiça Federal no Paraná abriram inquéritos para que as empreiteiras justifiquem, num prazo de até cinco dias, depósitos milionários que fizeram em empresas pertencentes ao doleiro.
Num despacho emitido na última sexta-feira (10), o juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato, lista 12 construtoras que fizeram os repasses. Segundo o magistrado, "há indícios veementes" de que as empresas do doleiro eram fantasmas e eram usadas para lavagem de dinheiro, com emissão de "notas fiscais fraudadas", por não ter condições para prestar serviços.
Leia aqui reportagem de André Guilherme Vieira e Arthur Rosa sobre o assunto.
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