Empresário acusado de corrupção na Suíça e em Israel contrata Moro para atacar a Vale

O empresário israelense Benjamin Steinmetz, acusado de corrupção em Israel e na Suíça, contrata Sergio Moro

Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale
Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale (Foto: Lula Marques | Reuters)


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247 - O empresário israelense Benjamin Steinmetz, acusado de corrupção na Suíça e em Israel, contratou o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro para apresentar duas notícias-crimes contra a Vale envolvendo a ex-sociedade que ele manteve com a mineradora na Guiné. Moro foi contratado antes de se tornar diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal. 

A Vale investiu US$ 500 milhões, em 2010, para ser sócia de Steinmetz na mina de Simandou, na Guiné. O empresário teria pago propina ao governo do país africano sem a mineradora saber. Depois ele perdeu ação arbitral em Londres e foi condenado a ressarcir a Vale em US$ 2,2 bilhões, mas não pagou e teve os bens bloqueados. A informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico

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Além de Moro, o jurista Pedro Serrano também foi contratado pelo empresário.

O primeiro pedido de investigação do empresário foi apresentado ao Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ) em outubro com o objetivo de apurar práticas de crime de corrupção e de tráfico de influência de ex-executivos da Vale. O outro pedido foi feito na esfera estadual do MP do Rio, sobre possíveis violações da empresa, seus administradores e ex-administradores contra o mercado de capitais. 

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Nos últimos tempos, Steinmetz começou a conduzir investigações por meio da Black Cube, empresa israelense de investigação. A ideia seria coletar depoimentos de ex-executivos da Vale e tentar provar que a mineradora sabia dos riscos do projeto de minério de ferro Simandou.

A procuradora da República, Carolina Bonfadini de Sá, informou que o MPF vai requerer a instauração de inquérito policial para apurar supostos crimes cometidos pela Vale em transação comercial internacional envolvendo a Vale no projeto.

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Em nota, a Vale disse que "os pedidos de investigação de Steinmetz perante autoridades brasileiras são apenas mais uma tentativa desesperada dele se furtar ao pagamento da condenação de US$ 2 bilhões à Vale, conforme decidido por tribunais arbitrais e judiciais na Inglaterra e nos Estados Unidos, que reconheceram que a Vale jamais teve qualquer conhecimento das ações corruptas praticadas pela BSGR na Guiné".

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