Enfim, MP goiano dá sinal de vida no caso Cachoeira
Promotor Fernando Krebs tem pressa: que apurar venda da casa do governador e sua evolução patrimonial. Enquanto isso, decano do MP, Pedro Tavares baixa procedimento preparatório para apuração inicial de suspeitas
Goiás 247 – Se não vai por bem, vai empurrado. O promotor Fernando Krebs está sendo responsável por forçar o Ministério Público de Goiás a dar celeridade aos procedimentos para investigar o governador Marconi Perillo (PSDB). Só quem pode investigar o governador é o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres. Como ele está envolvido em suspeitas, que atingem por sua vez diretamente seu irmão, o senador Demóstenes Torres, a tarefa tinha ficado para o decano da instituição, Pedro Tavares.
O problema era a demora na ação, o que estava – e está – constrangendo todos os promotores do Estado, como mostrou o 247 em recente reportagem. Eles querem ação, porque hoje a imagem que prevalece é a de um MP envergonhado. Nesse sentido, haja constrangimento.
Ontem, Krebs agiu. De acordo com reportagem de Altair Tavares, do site Diário de Goiás, o promotor, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, representou ao decano solicitação para abertura de inquérito por improbidade contra Marconi Perillo e outros envolvidos na Operação Monte Carlo.
Pedro Tavares até baixou portaria que instituiu a investigação, mas trata-se de procedimento preparatório para apuração inicial de suspeitas de irregularidades que pesam contra o governador em decorrência de informações divulgadas relativas à Monte Carlo. Ou seja: tá devagar.
Fernando Krebs, na prática, procura acelerar o processo. Vai direto ao ponto. Para ele – relata Altair Tavares –, “as relações de Carlinhos Cachoeira com o Governador Marconi Perillo e todo o seu governo merecem uma profunda investigação do Ministério Público, vez que foi noticiado que o bicheiro exercia larga influência no Poder Executivo goiano”.
Na petição, Krebs indica que “pesa sobre o governador de Goiás fundadas suspeitas de que teria vendido uma casa localizada no condomínio de luxo goianiense Alphaville Flamboyant a Carlinhos Cachoeira, pelo valor de R$ 1,4 milhão, sendo que havia declarado o imóvel no valor de R$ 417.816,13 ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições de 2010”. Nesse sentido, o promotor quer ver apurada a evolução patrimonial do governador.
Em todo caso, o MP de Goiás, pressionado, começa a se mexer.
Para ler a reportagem completa do Diário de Goiás, clique aqui.
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