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Estrela do general Braga Netto apareceu em GLO do governo Temer

A mais espetaculosa (e inútil) operação de Garantia da Lei e da Ordem foi o "golpe de mestre" de Temer com a intervenção na segurança do Rio de Janeiro, escreve o jornalista Elio Gaspari

Ministro da Defesa, general Walter Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

247 - Sob o título "O Haiti não é aqui", o jornalista Elio Gaspari alerta em coluna deste domingo na Folha de S.Paulo para os riscos acarretados à sociedade pelo envolvimento do Exército nas ações de segurança pública.

"Está nas livrarias 'Dano Colateral - A intervenção dos Militares na Segurança Pública', da repórter Natalia Viana, diretora da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. É um mergulho na gênese e nos resultados do reaparecimento dos militares na política. Ela foi do andar de baixo, falando com soldados, policiais, vítimas e camelôs, ao de cima, ouvindo ex-ministros, magistrados e generais. Leu processos e presenciou audiências. Desse acervo resultou o livro, uma reportagem que dá vida a siglas como GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e Apop (o 'agente perturbador da ordem pública'). Se, durante uma GLO, a tropa mata um Apop, isso resulta num 'dano colateral' ", escreve o jornalista. 

"Presidentes com origens tão diversas como Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro recorreram às GLOs. A mais espetaculosa (e inútil) foi o 'golpe de mestre' de Temer com a intervenção na segurança do Rio de Janeiro. Nela apareceu a estrela do general Braga Netto, atual ministro da Defesa".

"Natalia Viana disseca processos que acabam arquivados e conta como ressurgiu a participação militar na segurança. Daí para a política foi um pulo".

Gaspari assinala que a mudança na atividade do Exército começou com a ida da tropa brasileira para a força de paz da ONU ao Haiti, onde os próprios generais admitiram que as GLOs enxugam gelo.

Leia a íntegra.

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