Esvaziada, greve na USP não conta com docentes
Paralisao decretada por estudantes na noite da tera-feira no recebe adeso da maioria dos alunos; professores decidiram que tambm no vo aderir e funcionrios planejam se reunir nesta quinta para se posicionar
247 - Os alunos que protestam contra a presença da Polícia Militar no campus da Universidade de São Paulo (USP) decretaram greve geral na última terça-feira, mas não parecem ter comovido os colegas de universidade. Na maior parte das salas de aula, as lições ocorriam normalmente, inclusive na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde estuda a maior parte dos estudantes que se manifestaram a favor da paralisação.
Às 10h desta quarta-feira, cerca de cem pessoas fizeram nova assembleia para decidir as diretrizes do movimento, como, por exemplo, se a imprensa poderá filmar a próxima assembleia e como serão os protestos. Enquanto isso, algumas salas de aula funcionavam normalmente. Ao microfone, grevistas defendiam a saída da Polícia Militar da universidade, pela truculência com que tratam as pessoas em batidas e revistas.
Os estudantes da Faculdade de Economia e Administração e Contabilidade (FEA) se posicionaram totalmente contra a paralisação das aulas pelos alunos. O Centro Acadêmico Visconde de Cairu, que representa os alunos da FEA, considera a decisão dos grevistas “extremista” e pede para que ela não seja seguida.
Enquanto os estudantes não conseguem chegar a um acordo, os funcionários da universidade planejam reuniões para se posicionar em relação à greve, e podem aderir. A Associação de Docentes da universidade (Adusp) debateu o tema em assembleia nesta quarta-feira e decidiu por não aderir. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) pretende se posicionar em assembleia-geral de estudantes, alunos e professores proposta para a tarde desta quinta-feira em frente à Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, no centro.
A administração da USP divulgou uma nota informando que as aulas estão transcorrendo normalmente e que a reitoria voltará a funcionar normalmente a partir desta quinta-feira. Leia a íntegra da nota:
“As aulas de graduação e de pós-graduação em toda a Universidade estão transcorrendo normalmente. Amanhã, dia 10 de novembro (quinta-feira), a entrada dos funcionários que trabalham no prédio da Reitoria será liberada e, durante o final de semana e feriado prolongado, serão feitos os possíveis reparos nas instalações danificadas.
A partir dos resultados da perícia e do levantamento formal dos prejuízos ao patrimônio público feito pela Polícia Técnica, serão instauradas Comissões no âmbito dos Órgãos Centrais, que estudarão os dados e fatos para tomar as devidas providências legais”.
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