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EUA sabiam sobre desaparecidos políticos na ditadura

Documentos secretos dos anos 70 - abertos pelo governo de Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA - indicam que o governo dos Estados Unidos foi informado antes das famílias sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar: o ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e os militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969); no caso de Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971 afirma que ele morreu durante interrogatório "ou de um de ataque cardíaco ou de outras causas"; no Brasil, o sigilo do caso só foi afastado em maio deste ano

Documentos secretos dos anos 70 - abertos pelo governo de Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA - indicam que o governo dos Estados Unidos foi informado antes das famílias sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar: o ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e os militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969); no caso de Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971 afirma que ele morreu durante interrogatório "ou de um de ataque cardíaco ou de outras causas"; no Brasil, o sigilo do caso só foi afastado em maio deste ano (Foto: Roberta Namour)
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247 - Documentos secretos dos anos 70 apontam que o governo dos Estados Unidos foi informado antes das famílias sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar: o ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e os militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969).

Os papéis tiveram o sigilo aberto pelo governo de Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA, no final do mês passado.

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No caso de Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971 afirma: "Paiva morreu durante interrogatório ou de um de ataque cardíaco ou de outras causas". No Brasil, o sigilo do caso só foi afastado em maio deste ano, após longo processo movido pela família.

Rubens Paiva foi eleito deputado federal em 1962, por São Paulo, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). No dia do golpe, em 1º de abril de 1964, Paiva fez discurso de cinco minutos na Rádio Nacional, conclamando o povo a defender a democracia. Foi caçado e se exilou por nove meses, na Iugoslávia e na França, e de volta ao Brasil retomou a atividade de engenheiro, no Rio de Janeiro, sem abandonar a resistência à ditadura e o apoio a exilados políticos, até ser preso em 20 de janeiro de 1971, quando nunca mais foi visto. A esposa e a filha mais velha foram levadas para o DOI-Codi um dia depois, mas não viram Rubens Paiva.

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No telegrama, americanos disseram que, quando essa notícia se tornasse conhecida, "se isso eventualmente ocorrer", era "certo que seus amigos vão iniciar uma campanha emocional e dura contra o governo brasileiro por todos os meios possíveis" de divulgação dentro e fora do país.

Questionado sobre o assunto, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante se disse impressionado com o conhecimento detalhado que os EUA tinham desses crimes.

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Ele lembra que a filha mais velha de Paiva, contava que sua mãe, dona Eunice, sem atestado de óbito, andava à época com recortes de jornais na carteira para conseguir viajar com os filhos e fazer matrícula das crianças na escolha.

Leia aqui reportagem de Natuza Nery e Rubens Valente sobre o assunto.

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