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Eugênio Aragão: Judiciário vai ficar cada vez mais truculento

O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão afirma que "a Justiça não está sendo séria" no caso de Lula e os membros do Judiciário devem ficar "cada vez mais truculentos"; "Como para ele o voto popular não vale nada, ele tem que se apegar à sua autoridade. E toda tentativa de desnudá-lo é uma afronta à sua autoridade. Por isso eu acho que eles vão ficar cada vez mais truculentos", analisa; Aragão classifica também a proposta do TSE de formar uma comissão com jornalistas da mídia hegemônica para identificar o que são fake news como "perigosa"; assista

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TV 247 – O jurista e ex-ministro da Justiça do governo Dilma Eugênio Aragão concedeu entrevista à TV 247 nesta semana, discorrendo sobre as arbitrariedades de parcelas do Judiciário, ao comentar a perseguição ao ex-presidente Lula e a iniciativa recente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pretende regular o que é ou não notícia falsa durante as eleições. 

Aragão classifica o episódio envolvendo o veto ao habeas corpus do ex-presidente Lula, no último dia 8, como "vergonhoso". "Todo juiz, para ser independente, tem aquilo que a doutrina alemã chama de "competência da competência", ou seja, se o juiz afirma que é competente no plantão, ninguém tem o direito de contestar o contrário", defende, em referência à decisão do desembargador Rogério Favreto, do TRF4.

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Ele explica também que, ao contrário das críticas que surgiram, havia, sim, fato novo em sua decisão, uma vez que a pré-campanha havia sido iniciada e a matéria sobre a permissão de Lula em gravar vídeos ainda não havia sido analisada pelo Judiciário. Ele diz ainda que a instância correta não deveria ser o STJ, como foi dito, uma vez que o processo estava com a juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execução Penal, mas ela ainda não havia analisado. "Então a instância correta era o TRF4", diz.

O ex-ministro explica qual trâmite jurídico seria o correto. "O habeas corpus deveria ser aplicado e Lula liberto. No dia seguinte, o processo seria encaminhado para o titular no caso, que poderia revogar o habeas corpus, colocando Lula na cadeia novamente", esclarece. Aragão destaca que, apenas com Lula ocorre todo um estardalhaço para que ele permaneça encarcerado.

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Aragão conta que, naquele domingo dia 8, Lula recebeu a notícia de que seria solto com extremo ceticismo. "O ex-presidente nem investiu sentimento na hipótese de ser liberto, ele sabe que a esperança dele encontra-se no julgamento das ADCs", informa.

Ele segue desconstruindo as arbitrariedades do judiciário. "Se o Legislativo e o Executivo estão fragilizados, quem toma conta é o Jjudiciário, que é o único poder que não depende do voto popular, em função de o meio Jurídico estar se lixando para o que significa a soberania popular, pois a sua legitimidade é burocrática, vem de concursos públicos ou indicações políticas", critica.

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O ex-ministro afirma que "a Justiça não está sendo séria" no caso de Lula e os membros do Judiciário devem ficar "cada vez mais truculentos", "quanto mais se exibem as entranhas" do poder. "Como para ele o voto popular não vale nada, ele tem que se apegar à sua autoridade. E toda tentativa de desnudá-lo é uma afronta à sua autoridade. Por isso eu acho que eles vão ficar cada vez mais truculentos", acredita.

Sobre o juiz Sérgio Moro, Aragão dispara: "ele não é esse gênio que apontam, na verdade eu o considero um oportunista, ele é medíocre no que diz respeito aos seus escritos, seu Currículo Lates é de uma pobreza franciscana, não se trata de um agente da CIA, mas sim de um inocente útil".

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Fake news

O TSE propôs formar uma comissão com jornalistas da mídia hegemônica para identificar o que é fake news. Aragão classifica a iniciativa como uma agenda pessoal do ministro Luiz Fux, que preside a Corte.

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"Entregar para o Judiciário o poder de deliberar o que é ou não fake news acaba sendo um perigo enorme à liberdade de imprensa, até mesmo porque o maior formador de notícias mentirosas é a grande mídia", conclui. 

Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com Eugênio Aragão: 

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