HOME > Brasil

Ex-bilionário, Mário Garnero listou 7 quadros falsos de Picasso, Monet e Modigliani para pagar dívida de 27R$ milhões ao BTG

O banco agora tenta provar na justiça que Garnero praticou sonegação fiscal ou prática de ilícito penal

Mário Garnero (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - Ex-bilionário, o empresário e banqueiro falido Mário Garnero  listou 7 quadros falsos de Picasso, Monet e Modigliani para pagar dívida de 27R$ milhões ao BTG. O banco agora tenta provar na justiça que Garnero praticou sonegação fiscal ou prática de ilícito penal.

Reportagem da revista Piauí detalha como o banco descobriu a fraude: “A penhora, no entanto, só ocorreria naquele dia 21 de março. O oficial de Justiça listou sessenta bens de valor, entre quadros, esculturas, móveis e até uma carruagem antiga. Para os advogados do BTG, saltaram aos olhos as sete obras de Monet, Picasso e Modigliani. Como todos os bens penhorados ficaram na posse de Garnero, dois dias depois, em 23 de março, diante da alegação de que as obras de arte pudessem sumir do imóvel, o banco solicitou ao juiz que os sete quadros fossem retirados da fazenda e levados para São Paulo, onde ficariam sob a guarda de uma empresa de segurança. Também solicitou que as sete obras fossem periciadas quanto à autenticidade. A Justiça concordou com os dois pedidos. Na tarde de 25 de março, um sábado, o perito Douglas Quintale, acompanhado do oficial de Justiça, avaliou os sete quadros – Garnero, que estava no imóvel, não apresentou documentação (certificado de autenticidade ou recibo de compra) de nenhum deles, o que seria natural para um colecionador de telas tão valiosas. Em seguida, as obras foram levadas a São Paulo por homens armados da empresa de segurança Brinks, contratada pelo BTG. Dias depois, o laudo de Quintale trouxe conclusão surpreendente, válida para todos os sete quadros: “Não resta qualquer dúvida que não se trata de obra de arte feita por mão de artista qualquer, tão somente uma reprodução […] sem valor comercial de obra de arte.” A tela original de Monet, por exemplo, está atualmente no Instituto de Arte de Chicago, Estados Unidos. O que o banco julgava ser um patrimônio milionário não passava de falsificações, com valor total de 1,2 mil reais. Os quadros foram devolvidos a Garnero.”