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Ex-diretor-geral da PF afirma que reunião com Torres na véspera do 2º turno foi marcada por ele 'em cima da hora'

PF suspeita que Anderson Torres, então ministro da Justiça, tentou usar a corporação e a PRF para atrapalhar a votação de eleitores no Nordeste para beneficiar Jair Bolsonaro

Ex-ministro Anderson Torres (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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247 - O ex-diretor-geral da Polícia Federal(PF) Márcio Nunes afirmou em depoimento que a reunião realizada com Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), às vésperas do segundo turno, que resultou em uma operação voltada para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem aos locais de votação, foi marcada por ele em cima da hora por e sem ter uma pauta definida. O caso é investigado pela Polícia Federal pela suspeita de que Torres teria tentado usar a PF e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o objetivo de beneficiar eleitoralmente Jair Bolsonaro. 

Segundo o jornal O Globo, em seu depoimento, no dia 11 de maio, Nunes afirmou que fez o convite para que o então ministro viajasse à Bahia porque ele ministro “estava indo mais a eventos da PRF do que da própria PF” e, também para visitar uma obra que estaria sendo realizada no prédio da Superintendência da PF em Salvador. 

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Na oitiva, Nunes disse que reunião mantida com o então superintendente da PF baiana, Leandro Almada “foi um bate-papo informal, (no qual) foram tratados de uma remoção de uma servidora, do andamento da obra e de assuntos eleitorais, quais sejam o reforço do efetivo nas eleições, tendo o depoente determinado que fosse colocado o máximo possível de servidores para trabalhar nas eleições”.

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O depoimento do ex-diretor-geral da PF é semelhante à versão relatada por Torres no dia 8, quando ele foi ouvido no âmbito do inquérito. O ex-ministro, que foi preso preventivamente pela suspeita de omissão nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, nega que tenha cometido alguma irregularidade. 

Almada disse aos investigadores que “a tônica da reunião (com Torres e Nunes) foi em torno da questão eleitoral” e que os superiores “pediram para reforçar bastante a nossa parte ostensiva no dia do segundo turno, porque eles ouviram relatos de uma compra de votos muito grande que estaria ocorrendo no estado da Bahia”

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