Exploração sexual em garimpo na terra ianomâmi envolve várias adolescentes e ameaças, diz conselho
O Conselho Tutelar de Boa Vista relatou que a exploração sexual de adolescentes em garimpos na Terra Indígena Ianomâmi continua, mesmo com uma operação policial em andamento

247 — O Conselho Tutelar de Boa Vista relatou que a exploração sexual de adolescentes em garimpos na Terra Indígena Ianomâmi continua, mesmo com uma operação policial em andamento há mais de um mês para retirada de invasores, informou a Folha de S.Paulo.
Várias meninas com menos de 18 anos de idade são envolvidas, e as vítimas são mantidas em cárcere privado, ameaçadas de morte e submetidas a atividades sexuais reiteradas numa mesma noite.
Segundo o Conselho, operadores do garimpo fizeram contato com uma adolescente de 15 anos pelas redes sociais e a levaram para o garimpo com a promessa de emprego como cozinheira, mas a obrigaram a participar dos cabarés.
A jovem foi resgatada pela Polícia Federal em uma embarcação no rio Mucajaí, que cruza a terra indígena. A PF iniciou uma investigação sobre a atuação de organização criminosa na cooptação de adolescentes e adultas para prostituição em áreas invadidas por garimpeiros.
A Operação Libertação, que envolve PF, Forças Armadas, Ibama, Força Nacional e Funai, prevê que a ação de desintrusão pode levar de seis meses a um ano, dada a dimensão da invasão. Em um mês de operação, foram apreendidas 27 toneladas de cassiterita e ouro, 84 balsas e embarcações, 11,4 mil litros de combustível, duas aeronaves, 200 acampamentos e 172 motores e geradores de energia.
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