Facada rendeu dividendos eleitorais a Bolsonaro, diz Mello Franco
"O atentado a Jair Bolsonaro abriu uma nova fase na corrida ao Planalto. No cálculo frio da política, já ficou claro que o ataque renderá dividendos eleitorais ao capitão", diz o jornalista Bernardo Mello Franco; "o candidato que prega a violência virou vítima da violência. Na hipótese mais conservadora, a metamorfose tende a reduzir seu índice de rejeição", avalia; ele, porém, faz um alerta: "que ninguém se engane: depois do atentado, o bolsonarismo continuará a ser o que já era. Só que com mais chances de chegar ao poder"
247 - "Passado o susto, a campanha do PSL parece viver um momento de euforia. O atentado a Jair Bolsonaro abriu uma nova fase na corrida ao Planalto. No cálculo frio da política, já ficou claro que o ataque renderá dividendos eleitorais ao capitão", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em sua coluna no O Globo.
"O presidenciável era criticado por abusar de gestos agressivos e declarações irresponsáveis, como "invadiu, é chumbo" e "vamos fuzilar a petralhada". Agora o candidato que prega a violência virou vítima da violência. Na hipótese mais conservadora, a metamorfose tende a reduzir seu índice de rejeição", avalia.
Por tabela, "Bolsonaro também ganhou uma trégua dos adversários" uma vez que "atacar um candidato hospitalizado significaria desferir uma facada na própria campanha. "O atentado ainda resolve outro problema do capitão. Filiado a uma sigla nanica, Bolsonaro surfava nas redes sociais, mas sofria com a subexposição na TV. Tinha direito a uma pequena fração da propaganda obrigatória, além do registro de sua agenda nos telejornais. Desde quinta-feira, ele domina o noticiário", ressalta o jornalista.
Mello Franco também observa que "embora tudo indique que o agressor é um desequilibrado que pensava agir por ordem divina, os bolsonaristas não se constrangeram em dar tom político ao episódio" ao acusar o PT de estar pr trás do ataque contra Bolsonaro.
"Que ninguém se engane: depois do atentado, o bolsonarismo continuará a ser o que já era. Só que com mais chances de chegar ao poder", afirma.
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