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      Fernando Brito diz que Temer jamais ressuscitará

      "Pesquisas sobre popularidade de Temer, hoje, passaram a ser algo absolutamente dispensável: a repulsa por ele é generalizada e não há nele nenhuma capacidade de ressurreição política, embora haja muitas formas de manter insepulto o cadáver presidencial", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço

      Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 5/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Leonardo Attuch)
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      Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

      A pesquisa do Datafolha que o jornal publica hoje, ironicamente, deve estar sendo comemorada no Planalto.

      Afinal – tudo é tão ridículo que só tratando com ironia – é muito mais do que os 3% que lhe deu a pesquisa Vox, há 20 dias, ou que os 2% registrados pelo Poder360, esta semana.

      Depois, o jornal precisa estar “sintonizado” com quem o lê e, pela pesquisa que fez entre seus leitores, uma comunidade tão estranha em que 51% querem eleições indiretas – ao contrário do que (eles próprios admitem, na pesquisa de hoje) 83% dos brasileiros, que querem votar  e  eleger seu presidente.

      Pesquisas sobre popularidade de Temer, hoje, passaram a ser algo absolutamente dispensável: a repulsa por ele é generalizada e não há nele nenhuma capacidade de ressurreição política, embora haja muitas formas de manter insepulto o cadáver presidencial.

      Coloco ao final do post os gráficos da pesquisa, para que me exima de comentar o óbvio.

      Mas não deixo de registrar o mais desanimador em relação às nossas elites: os graus de apoio que este zumbi destrutivo ainda tem entre os que ganham mais. Tudo para eles, está bem, desde que o governo sirva para saquear o país, reprimir o povo e o impedir de sonhar com qualquer saída.

      Um grupo que lhe concede alguma trégua é a do eleitorado de renda média familiar superior a dez salários mínimos. Nessa parcela da população, seu governo é considerado bom ou ótimo por 15%, regular por 30% e ruim ou péssimo por 55%.

      A análise por renda da avaliação de Temer coincide com a de sua agenda econômica, da qual os mais ricos são menos críticos que a média da população, em especial no que se refere à proposta de reforma da Previdência.

      São os que têm como programa a hipocrisia, como Deus um juiz curitibano e como sonho aprisionar, por muitos anos, quem possa representar o desejo de sermos um povo e um país.

      Em nome disso, serve até Michel Temer.

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