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FHC admite: crise matou partidos, incluindo PSDB

Em um rompante de sinceridade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu nesta quarta-feira, 17, que a crise política deflagrada pelo PSDB após ser derrotado nas eleições de 2014, que culminou no golpe parlamentar contra a presidente legítima Dilma Rousseff, foi um suicídio para o partido; "Os partidos não vão desaparecer, mas a crise política matou todos eles, inclusive o PSDB", disse FHC em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro; FHC defendeu adoção de doações de eleitores a partidos para financiar as campanhas e criticou o distritão; "O nosso sistema está muito deformado, mas o distritão é uma deformação maior ainda"

Em um rompante de sinceridade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu nesta quarta-feira, 17, que a crise política deflagrada pelo PSDB após ser derrotado nas eleições de 2014, que culminou no golpe parlamentar contra a presidente legítima Dilma Rousseff, foi um suicídio para o partido; "Os partidos não vão desaparecer, mas a crise política matou todos eles, inclusive o PSDB", disse FHC em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro; FHC defendeu adoção de doações de eleitores a partidos para financiar as campanhas e criticou o distritão; "O nosso sistema está muito deformado, mas o distritão é uma deformação maior ainda" (Foto: Charles Nisz)
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Rodrigo Gaier, da Reuters - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta quinta-feira que a profunda crise política vivida pelo Brasil após sucessivos escândalos de corrupção matou os partidos políticos brasileiros, incluindo o PSDB, do qual é presidente de honra.

Indagado em palestra para empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro se o PSDB, um dos partidos que teve lideranças importantes atingidas por denúncias de corrupção e de irregularidades em arrecadação de campanha, como o caixa 2, morreu, o ex-presidente afirmou que todos as legendas foram mortas pela crise.

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"Se o PSDB acabou? (Sim,) na medida que os outros partidos acabaram também. A crise é geral e não tem diferença, mas eles não vão desaparecer", disse. "O PSDB tem possibilidades e vai depender do seu desempenho... Com tudo o que aconteceu no Brasil, que foi grave, e alcançou a todos, inclusive o PSDB, há áreas que dá para recuperar", completou.

O tucano, que governou o país de 1995 a 2002, disse que os partidos terão de se reinventar para as eleições do ano que vem. Defendeu ainda que a adoção de um mecanismo de financiamento público de campanha é inviável em meio à crise econômica e que a reforma política feita de forma paulatina, afetando inicialmente, e de forma experimental, na eleição para vereadores.

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"No Brasil o representante não representa o povo, mas os interesses de clubes, igreja, sindicato. As instituições intermediárias é que conduzem o voto", disse FHC, lembrando que os tucanos defendem a adoção do voto distrital misto e criticando o modelo de distritão, que está sendo discutido na Câmara dos Deputados.

"Seria razoável diminuir o distrito... por que não começar com vereadores e ir pouco a pouco avançando? Aí é mais natural... por que não uma visão experimetalista em vez de reorganizar tudo de uma vez?", sugeriu.

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O ex-presidente declarou que a atual reforma "está mal parada" porque ainda há pouca clareza e muita confusão. "O nosso sistema está muito deformado, mas o distritão é uma deformação maior ainda", avaliou.

Sobre o financiamento de campanha das próximas eleições, FHC destacou que a sociedade não apoiará um fundo público para campanha eleitorais, seja qual for o tamanho, e sugeriu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) crie contas correntes em nome dos partidos para que os eleitores depositem suas doações à legenda.

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CANDIDATO TUCANO

FHC não quis adiantar qual potencial candidato do PSDB à Presidência no ano que vem conta com seu apoio, embora tenha apontado dois nomes para representar o partido na disputa: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria.

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O ex-presidente limitou-se a dizer que o candidato do PSDB terá de saber se comunicar com o país. "O candidato tem que falar com o Brasil... Não só com São Paulo... Quem falar com o Brasil vai ter meu apoio", afirmou. Questionado por jornalistas sobre quem estaria se comunicando melhor com o Brasil, se Alckmin ou Doria, FHC desconversou. "Acho que sou eu", disse aos risos.

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