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FUP: Parente entrega tudo sem pudor

"A gestão Pedro Parente confirmou o que já vinha sendo alertado pela FUP e seus sindicatos desde o início do golpe: a Petrobrás caminha a passos largos para ser uma mera empresa de escritório, com a desintegração e a privatização de todos os segmentos da companhia", diz a Federação Única dos Petroleiros (FUP); petroleiros lembram que cerca de 3.700 trabalhadores serão afetados de imediato com a venda de 60% de quatro refinarias - Repar (PR), Abreu e Lima (PE), RLAM (BA) e Refap (RS), em um pacote fechado, que inclui ainda 24 dutos e 12 terminais

"A gestão Pedro Parente confirmou o que já vinha sendo alertado pela FUP e seus sindicatos desde o início do golpe: a Petrobrás caminha a passos largos para ser uma mera empresa de escritório, com a desintegração e a privatização de todos os segmentos da companhia", diz a Federação Única dos Petroleiros (FUP); petroleiros lembram que cerca de 3.700 trabalhadores serão afetados de imediato com a venda de 60% de quatro refinarias - Repar (PR), Abreu e Lima (PE), RLAM (BA) e Refap (RS), em um pacote fechado, que inclui ainda 24 dutos e 12 terminais (Foto: Aquiles Lins)
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Da FUP - A gestão Pedro Parente confirmou o que já vinha sendo alertado pela FUP e seus sindicatos desde o início do golpe: a Petrobrás caminha a passos largos para ser uma mera empresa de escritório, com a desintegração e a privatização de todos os segmentos da companhia. O modelo de privatização das refinarias, que já vinha sendo ventilado pela imprensa, foi anunciado nesta quinta-feira (19) pela diretoria antes mesmo de ser aprovado pelo Conselho de Administração. Cerca de 3.700 trabalhadores serão afetados de imediato com a venda de 60% de quatro refinarias - Repar (PR), Abreu e Lima (PE), RLAM (BA) e Refap (RS), em um pacote fechado, que inclui ainda 24 dutos e 12 terminais.

Já são mais de 30 ativos privatizados desde 2016. E agora a Petrobrás entregará ao mercado o controle sobre o refino de petróleo e o transporte de derivados, atividades essenciais, que comprometem o abastecimento do país. É a conta do golpe sendo paga, às custas da soberania e do desenvolvimento.

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Desde a chegada de Pedro Parente na empresa, as refinarias estão sendo preparadas para a venda. Primeiro, de modo incentivado, demitiram os empregados, depois cortaram investimento em segurança e manutenção, para então baixar as cargas das refinarias reduzindo seu valor agregado. A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, é a primeira e mais importante planta do sistema, inaugurada em 1950, está operando com sua carga reduzida em 43%. No Rio Grande do Sul, a REFAP (Refinaria Alberto Pasqualini) inaugurada há 41 anos, já está com sua carga reduzida em 42%.

Vale lembrar que em março de 2017, foi lançado pelo governo Temer um documento chamado "Combustível Brasil – Setor de Combustíveis e Derivados de Petróleo" e contava com a colaboração destes mesmos atores em sua formulação. Nele fica claro a estratégia apontada pela Petrobrás para o segmento de refino, transporte, armazenamento e comercialização de derivado: "a promoção de uma nova política de preços e a maximização de margens na cadeia de valor; a não garantia integral do abastecimento do mercado brasileiro; e o desenvolvimento de parcerias no downstream, possibilitando a introdução de outros atores no refino e na logística".

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Esta é a política implementada pelo governo golpista de Temer em seu projeto "Ponte para o Futuro", e a estratégia central da gestão Pedro Parente na Petrobrás, atrair investidores privados para aumentar a concorrência neste setor dentro do país; Assim como a iniciativa de reduzir a capacidade de produção das refinarias, estimulando a importação de derivados por agentes privados (nacionais e internacionais). Perdendo mercado para estas empresas.

Segundo relatório publicado mensalmente pelo Ministério de Minas e Energia, as 4 refinarias que serão vendidas representaram 33% da produção, abrindo mão do controle de 40% da sua capacidade de refino no país. Além disso, está cria competidores para si mesma, em um mercado muito rentável onde tinha total controle.

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Quando um país abre mão de grandes empresas em setores estratégicos significa delegar nossa trajetória de desenvolvimento a interesses que não são necessariamente os da sociedade brasileira. As empresas estatais, têm função essencial no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária e abdicar delas é abdicar do próprio desenvolvimento econômico e social de um país.

Aceleração das desigualdades regionais

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Os investimentos da Petrobrás foram fundamentais para o crescimento econômico e para o processo de industrialização vivido por estes Estados nos últimos anos, principalmente os nordestinos. Sem a garantia de novos investimentos pode-se provocar desarticulação da indústria, impactando negativamente (aumento do desemprego e redução da geração de renda) à sociedade local e retorno a uma situação de concentração no sudeste brasileiro.

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