TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Gabas: alteração torna Previdência inviável

      Ministro da Previdência, Carlos Gabas, afirmou que a presidente Dilma Rousseff ainda não tomou uma decisão sobre um eventual veto à flexibilização do fator previdenciário, mas disse que a alteração na regra de aposentadoria aprovada no Congresso Nacional torna a Previdência "inviável" desde já; Gabas acrescentou que o governo quer manter o diálogo com os sindicalistas, mesmo que Dilma decida eventualmente vetar a flexibilização; "Não tomaremos medida que coloque em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário brasileiro", disse

      Ministro da Previdência, Carlos Gabas, afirmou que a presidente Dilma Rousseff ainda não tomou uma decisão sobre um eventual veto à flexibilização do fator previdenciário, mas disse que a alteração na regra de aposentadoria aprovada no Congresso Nacional torna a Previdência "inviável" desde já; Gabas acrescentou que o governo quer manter o diálogo com os sindicalistas, mesmo que Dilma decida eventualmente vetar a flexibilização; "Não tomaremos medida que coloque em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário brasileiro", disse (Foto: Valter Lima)
      Valter Lima avatar
      Conteúdo postado por:

      BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Previdência, Carlos Gabas, afirmou nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff ainda não tomou uma decisão sobre um eventual veto à flexibilização do fator previdenciário, mas disse que a alteração na regra de aposentadoria aprovada no Congresso Nacional torna a Previdência "inviável" desde já.

      Em entrevista coletiva após reunião com representantes das centrais sindicais, Gabas acrescentou que o governo quer manter o diálogo com os sindicalistas, mesmo que Dilma decida eventualmente vetar a flexibilização, decisão que desagradaria sindicalistas.

      "Não tomaremos medida que coloque em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário brasileiro", disse a jornalistas, deixando claro que o eventual veto ainda não foi definido.

      "Nós temos até agora um desafio. Daqui até quarta-feira, a presidenta tem que tomar uma decisão. O que ela está fazendo é ouvindo as lideranças no Congresso, as centrais sindicais, dentro do governo as posições dos ministérios para tomar uma decisão fundamentada na quarta-feira."

      Questionado sobre a partir de que momento o sistema previdenciário ficaria inviável caso seja sancionada a flexibilização, o ministro respondeu que "a partir de agora".

      "Porque se você passa a olhar lá para frente, você vê um abismo. Sabendo que você vai estar indo para o abismo, está inviável, você não tem perspectiva", afirmou.

      Dilma tem até a quarta para sancionar ou vetar uma medida provisória que, acrescida de uma emenda, passou a flexibilizar a incidência do fator previdenciário, mecanismo que limita a aposentadoria de pessoas mais novas.

      O fator leva em conta o tempo de contribuição, a idade do contribuinte e a expectativa de vida da população a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

      Já a alternativa aprovada no Legislativo permite que o trabalhador possa se aposentar sem a incidência do fator previdenciário após 30 anos de serviço, no caso de mulheres, e de 35 anos, no caso de homens, desde que a soma do tempo de serviço com a idade seja igual ou superior a 85, para mulheres, e a 95, para homens.

      Centrais defendem que a presidente sancione integralmente o texto aprovado no Congresso, para depois discutir em um fórum alternativas à proposta que, admitem, pode inviabilizar a Previdência no longo prazo.

      Apesar da expectativa, não foi apresentada uma proposta alternativa aos sindicalistas na reunião desta segunda. Em nota divulgada na sexta-feira, seis centrais defenderam a sanção da flexibilização do fator aprovada por deputados e senadores.

      O ministro da Previdência chegou a afirmar que o governo deve apresentar uma proposta paralela ao tema até a quarta-feira. Disse ainda que avalia-se dentro do governo uma alternativa que confira um caráter de progressividade à medida em que aumenta expectativa de vida da população.

      "Até quarta-feira nós temos o desafio de encontrar uma alternativa ao que foi aprovado. Esse é o desafio nosso, e a presidenta está ouvindo as pessoas para que ela possa tomar a decisão na quarta-feira", disse.

      (Reportagem de Maria Carolina Marcello)

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247