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“Gilmar Mendes perdeu completamente o equilíbrio”

Quem diz isso é o autor do pedido do impeachment de Fernando Collor, o advogado Marcello Lavenère, que já presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); para ele, o ministro Gilmar Mendes tem uma posição política explícita, contra o PT; "Esse ministro contamina e prejudica a ideia de Suprema Corte. Eu tenho certeza que o Supremo, que não é partidário e tem se comportado da maneira mais independente e correta possível, vai em seu devido tempo não somente reprimir o comportamento do ministro Mendes, mas também todos os abusos cometidos contra o devido processo legal durante a Operação Lava Jato", afirma Lavenère, que diz não haver elementos para o impeachment de Dilma

Quem diz isso é o autor do pedido do impeachment de Fernando Collor, o advogado Marcello Lavenère, que já presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); para ele, o ministro Gilmar Mendes tem uma posição política explícita, contra o PT; "Esse ministro contamina e prejudica a ideia de Suprema Corte. Eu tenho certeza que o Supremo, que não é partidário e tem se comportado da maneira mais independente e correta possível, vai em seu devido tempo não somente reprimir o comportamento do ministro Mendes, mas também todos os abusos cometidos contra o devido processo legal durante a Operação Lava Jato", afirma Lavenère, que diz não haver elementos para o impeachment de Dilma (Foto: Valter Lima)
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247 - Autor do pedido do impeachment de Fernando Collor, o advogado Marcello Lavenère, que já presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não vê no caso de Dilma Rousseff os mesmos elementos que embasem seu impedimento. Ele foi um dos dois votos vencidos na última reunião do Conselho Federal da OAB, que decidiu apoiar por uma maioria de 26 votos a abertura do processo de impeachment na Câmara.

"A minha convicção é a de que não existem nesse pedido que está tramitando na Câmara fundamentos consistentes para justificar a abertura do processo. Os dois fundamentos que estão ali são as pedaladas fiscais – uma irregularidade contábil – e um parecer do TCU recomendando a rejeição das contas. Minha opinião pessoal, que manifestei no Conselho da OAB, mas que não foi a linha da maioria, é no sentido de que esses dois fatos não estão entre os crimes previstos na Constituição que podem levar a uma abertura de processo", afirma.

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Ele avalia que "há uma grande pressão dos meios de comunicação brasileiros, que têm demonstrando muita simpatia pelas teses da oposição", mas ele pontua que, diferentemente de Collor, Dilma tem apoio das ruas. "Em 1992, quando apareceu a possibilidade do impeachment,a população foi às ruas para apoiar esse processo. Só que não houve uma manifestação sequer, seja em cidades pequenas e grandes, em apoio ao presidente. Não havia segmentos da opinião pública que se reunissem para dizer “o presidente precisa ficar” ou que o processo não se justificava. Hoje, é diferente. Nós temos um país dividido. Temos de um lado os segmentos mais abastados da sociedade, que são majoritariamente contrários ao governo da Dilma e ao projeto de combate à desigualdade. Do outro, temos categorias menos abastadas, junto com intelectuais e juristas, que apontam que essa pressão contra a presidente é político-partidária, coisa de quem perdeu a eleição e não se conforma com o resultado", explica.

Lavenère critica a posição do ministro Gilmar Mendes no STF na discussão sobre a questão do impeachment. "Este ministro perdeu completamente o equilíbrio e tem uma posição política explícita. Ele já manifestou publicamente o seu ódio ao PT e outras entidades, como a própria OAB. Esse ministro contamina e prejudica a ideia de Suprema Corte. Eu tenho certeza que o Supremo, que não é partidário e tem se comportado da maneira mais independente e correta possível, vai em seu devido tempo não somente reprimir o comportamento do ministro Mendes, mas também todos os abusos cometidos contra o devido processo legal durante a Operação Lava Jato", diz.

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Leia a entrevista na íntegra no Diário do Centro do Mundo

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