Gleisi cobra providências sobre agressão de senador a mulher

247 - A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffman (PR), encaminhou requerimento à Procuradoria da Mulher da Casa, solicitando que o órgão "tome providências sobre investigação de violência doméstica do senador Lasier Martins (PSD-RS)". Segundo matéria publicada pelo jornal Correio Brasiliense nesta quinta-feira (30), Lasier teria agredido a mulher, a jornalista Janice Santos. Janice prestou uma queixa sobre a agressão na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM). Ela também afirmou, por meio de nota, ter apanhado de Lasier em mais de uma ocasião e que a última briga teria ocorrido após "mais uma traição do marido". Segundo a Polícia Civil, "foram adotadas medidas protetivas por parte da autoridade policial" e o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o parlamentar possui foto privilegiado.

No documento encaminhado à procuradora da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gelisi destaca que a "acusação de prática de violência de um membro do legislativo não pode passar desacompanhada de uma ação efetiva desse órgão". "Sem adiantar qualquer pré-julgamento, solicitamos que a procuradoria acione os órgãos do sistema de Justiça com vistas ao efetivo acompanhamento do caso para, caso comprovada a agressão contra a mulher, possa verificar ações cabíveis", reforçou a senadora.

Por meio de nota, a defesa de Janice rebate aversão relatada por Lasier de que apenas teria se defendido e que o casal ainda não havia dado entrado no pedido de divórcio. "Viemos a público dizer que as agressões contra Janice já vêm de algum tempo. O casal ainda não havia dado entrada no processo de dissolução da união estável, como alega Lasier. A discussão recente, que gerou novas agressões, se deve ao conhecimento de minha cliente de nova traição do senador. A senhora Janice buscou explicações com o companheiro sobre o caso extraconjugal, o que resultou em novas agressões", destaca a nota.

Também por meio de nota, a assessoria de Lasier destacou que "está em processo judicial de separação litigiosa no Foro do DF", além de afirmar "que não houve a alegada agressão física, mas ações e manobras da mulher no sentido de tirar proveito em tentativa de acordo no processo judicial".