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Brasil

Gloria Maria é contra privilégio para modelos negras

Apresentadora da Globo defende o fim da discriminao, mas sem cotas raciais

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247 - Durante visita à São Paulo Fashion Week, Glória Maria contou que é totalmente contra ao aumento do número de cotas para negros desfilarem no evento de moda. Ela acha ridículo falar sobre este assunto hoje em dia porque tem de ter tanto negros como brancos desfilando. “Acho que quando se escolhe ser modelo, se você é branco, amarelo, negro, tem de ter mercado. É ridículo discutir isso hoje. Esta é a prova que o racismo e a discriminação continuam cada vez mais fortes. Se não tivesse, não estaríamos discutindo isso”, disse ao site O Fuxico. A jornalista também afirmou que, em pleno século XXI, não se deve discutir sobre aumentar a cota para negros em 20%. “Não tem de ter cota. Acho que tem de ter, naturalmente, em uma passarela um monte de negros e um monte de brancos. Tem de ter gente! Gente que seja linda. Temos de lutar pelo fim da discriminação e não pela cota”, finalizou.

Leia, abaixo, reportagem do 247, sobre o protesto da ONG Educafro sobre o predomínio de modelos brancas:

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Há dois anos, a Rede Globo apresentou pela primeira vez uma novela com uma protagonista negra: a belíssima Thais Araújo, que encarnava uma modelo famosa. Há mais de uma década, uma das modelos mais bem pagas do mundo é também uma negra: Naomi Campbell. No Brasil, porém, não há uma modelo negra famosa. E essa realidade marcou o dia de abertura do São Paulo Fashion Week, a maior mostra de moda da América Latina, cuja 31ª edição promete movimentar R$ 2 bilhões em negócios. Tudo porque o estilista Oskar Metsahvat, titular da grife Osklen, disse que teve dificuldades para compor um casting com modelos negras. Resultado: elas apareceram acorrentadas na entrada da SPFW, em São Paulo. Queriam dizer que no Brasil, um país multirracial, democrático e de pele escura, elas são sabotadas sim pelas grandes agências. Os primeiros desfiles só mostraram brancas. No da Animale, por exemplo, houve um momento com 13 modelos na passarela. Todas brancas.

A reclamação das negras foi barulhenta e contundente. Ao som de palavras de ordem evocando maior presença de modelos negros nas passarelas do SPFW, os manifestantes, que integram a ONG Educafro (www.educafro.org.br), agitavam bandeiras com cores da Jamaica e distribuíam panfletos. A discussão é antiga, já que há algumas edições foi estabelecida a cota de ao menos 10% de modelos negros em todos os desfiles da SPFW, mas a questão permanece atual. A Osklen não sabe ainda se vai conseguir reunir seu casting para o desfile que é, exatamente, inspirado na influência da cultura negra na moda brasileira (folclorismos à parte, a coleção promete trazer uma leitura nova e ousada).

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A Educafro diz que o objetivo do protesto é propor mudanças na forma de participação de modelos negros e negras na SPFW, fazendo com que estilistas aumentem de 10% para 20% a participação deles nos desfiles do evento. Diz ainda que é inaceitável a atual padronização europeia nos desfiles de moda no Brasil.

O ideal seria que as cotas não fossem nem necessárias. Até porque as negras são lindas. Lindíssimas. E representam o que é o Brasil real.

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