Governo Bolsonaro usou Fiocruz e dinheiro público para produzir 4 milhões de comprimidos de cloroquina

Documentos mostram que o Ministério da Saúde usou Fiocruz, que podia se dedicar mais à produção de vacinas, para a produção de cloroquina, medicamento sem eficácia para a Covid-19 recomendado insistentemente por Jair Bolsonaro

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro
Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


247 - O Ministério da Saúde usou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com o emprego de dinheiro público emergencial  voltado a ações contra a Covid-19.

Segundo a Folha de S.Paulo, documentos do ministério, com datas de 29 de junho e 6 de outubro, mostram a produção de cloroquina e também de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu) pela Fiocruz, com destinação a pacientes com Covid-19. Mas, de acordo com opinião generalizada na comunidade médica, os dois medicamentos não têm eficácia contra a Covid-19. 

O dinheiro que financiou a produção partiu da MP (Medida Provisória) nº 940, editada em 2 de abril por Jair Bolsonaro para o enfrentamento de emergência da pandemia. A MP abriu um crédito extraordinário, em favor do ministério, no valor de R$ 9,44 bilhões, segundo a reportagem do jornalista Vinicius Sassine.

Para a Fiocruz, que é vinculada à pasta, foram destinados R$ 457,3 milhões para "enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus".

Os documentos enviados ao MPF apontam gastos de R$ 70,4 milhões, oriundos da MP, com a produção de cloroquina e Tamiflu pela Fiocruz.

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