Governo diz que sem crédito suplementar só tem dinheiro até junho
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que se não tiver o crédito suplementar aprovado pelo Congresso, a situação do governo do presidente Jair Bolsonaro vai ficar "difícil"; segundo ele, só tem dinheiro até "meados de junho"
247 - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, endossou o clima de terror e disse nesta quarta-feira (29) que o governo estará em uma situação "difícil" se o Congresso Nacional não aprovar em até 15 dias um projeto que libera crédito suplementar.
Antes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou qe a negociação para que o Congresso aprove uma autorização especial para um crédito suplementar de R$ 248, 9 bilhões "embananou de novo" e, por isso, propôs reduzir o pedido de crédito suplementar para R$ 146,7 bilhões. Segundo ele, caso o Congresso não aprove, há risco de calote por parte do governo já a partir do dia 1 de julho.
O governo do presidente Jair Bolsonaro diz que a aprovação do projeto é necessária para que seja respeitada a chamada "regra de ouro" - norma constitucional que impede o governo de contrair dívida para cobrir despesas correntes, como o pagamento de salário de servidores, isto é, admite o endividamento do governo somente para fazer investimentos.
As despesas estimadas para 2019 superam a arrecadação. Segundo Mansueto, o governo só tem dinheiro até "meados de junho".
"Mais ou menos 14 ou 15 de junho. Se ele [crédito suplementar] não for aprovado até aí, a gente vai começar a ter problema com algumas despesas. Eventualmente, você pode remanejar alguma coisa, mas vai ficar difícil", disse.
O secretário disse ainda que o Plano Safra 2019/2020, programa anual de subvenção à agricultura, previsto para ser lançado em junho, "possivelmente poderia ter um problema de atraso".
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