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      Governo identifica 178,5 mil pessoas em áreas de risco

      Segundo mapeamento indito feito pelo governo federal, esses moradores correm risco alto ou muito alto de serem atingidas por desabamentos ou enchentes em 28 municpios do Pas

      Governo identifica 178,5 mil pessoas em áreas de risco (Foto: HELVIO ROMERO/AGÊNCIA ESTADO)
      Gisele Federicce avatar
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      Um mapeamento inédito feito pelo governo federal encontrou 178,5 mil pessoas residentes em áreas classificadas como de risco alto ou muito alto de serem atingidas por desabamentos ou enchentes em 28 municípios brasileiros. O estudo foi divulgado hoje em evento no do Ministério da Integração Nacional para a divulgação da estratégia da Defesa Civil para os períodos das chuvas.

      O levantamento foi feito pelo Serviço Geológico do Brasil e os municípios mapeados são das regiões Sul e Sudeste. Segundo os dados, nestas 28 cidades que já apresentam recorrência de desastres e ocorrências de mortalidade devido a catástrofes existem 43.625 moradias localizadas em setores qualificados como de risco alto ou muito alto.

      Segundo o governo, a identificação do perigo poderá ajudar na prevenção de desastres. "Com essas áreas mapeadas você tem a possibilidade de saber que áreas podem desmoronar quando tiver ocorrência de chuvas e pode fazer um alerta e deslocar a população", afirma o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

      Segundo ele, outros 28 municípios considerados prioritários serão mapeados até o início do ano. Até 2014, a meta do governo federal é identificar as áreas de risco em 251 cidades.

      O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, afirma ser necessário criar uma cultura de prevenção a desastres. "Cada R$ 1,00 investido em prevenção equivale a R$ 7,00 que seriam gastos em resgate", observa. Viana destaca que além do mapeamento, o governo já está com abrigos preparados para receber as pessoas localizadas em áreas de risco no caso da iminência de desastres.

      Um sistema foi montado na cidade de Cachoeira Paulista (SP) para receber informações metereológicas e acionar a Defesa Civil no caso de previsão de possíveis catástrofes. Foi desenhada também uma estratégia para atender aos 56 municípios nas regiões Sul e Sudeste apontados como possíveis áreas de desastres. Estas cidades foram selecionadas para receber atenção especial com base em recorrência de deslizamentos e enxurradas e pelo número de óbitos.

      O ministro da Integração afirmou ainda que nos próximos dias deverá ser assinada pela presidente Dilma Rousseff uma Medida Provisória destinando R$ 48 milhões às Forças Armadas para a aquisição de equipamentos para auxiliar a Defesa Civil na resposta a catástrofes.De acordo com Bezerra, o ministério da Integração investiu neste ano R$ 271 milhões em prevenção. Outros R$ 700 milhões foram direcionados pelo governo para ajudar na reconstrução de áreas devastadas.

      Humberto Viana, porém, ressalta que a reconstrução é um processo lento. "Não podemos criar a ficção de que um cenário destruído por catástrofe vai ser reconstruído em um ano". Segundo ele, na região serrana do Rio de Janeiro será necessário pelo menos quatro anos para o restabelecimento das condições anteriores às chuvas de janeiro de 2011.

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