Granadas usadas por Roberto Jefferson contra agentes da PF foram reforçadas com pregos, diz perícia

Ex-deputado também disparou mais de 50 tiros de fiuzil que deixaram dois agentes feridos

Veículo da PF atingido por disparos de Roberto Jefferson no domingo
Veículo da PF atingido por disparos de Roberto Jefferson no domingo (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | Reprodução)


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247 - Uma perícia da Polícia Federal revelou que as granadas utilizadas pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson no ataque contra agentes da corporação que cumpriam uma ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF pelo descumprimento de medidas cautelares),no ano passado, foram modificadas com pregos. Além dos artefatos explosivos, Jefferson disparou mais de 50 tiros de fuzil contra os policiais. O ex-deputado, denunciado por quatro tentativas de homicídio, permanece sob custódia, aguardando julgamento em um hospital do Rio de Janeiro.

No momento da prisão, Roberto Jefferson estava fortemente armado e não hesitou em abrir fogo contra os agentes federais. Os peritos encontraram 42 perfurações de bala apenas na viatura policial, destacando a brutalidade do ataque. "Se tivesse um policial aqui dentro, teria sido atingido com certeza", disse o perito Bruno Costa Pitanga Maia em entrevista ao programa Fantástico, exibido pela Rede Globo. A análise da perícia desmente a alegação inicial de Jefferson de que atirou apenas para assustar os policiais. Dois agentes ficaram feridos pelos disparos.

Além disso, a perícia descobriu que as três granadas usadas no crime foram adulteradas. Pedaços de pregos cortados foram colados nos explosivos, tornando-os potencialmente letais. A explosão de uma granada similar com pregos em alta velocidade mostrou o perigo, com fragmentos atingindo mais de 280 quilômetros por hora, destacam os peritos ouvidos pela reportagem. 

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Ainda de acordo com os peritos, duas das três granadas usadas por Jefferson foram compradas pela Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, que informou não ter sido notificada pela PF e que um inquérito será instaurado quando essa notificação ocorrer. 

A procuradora da República, Luciana Portal Gadelha, enfatizou que todos os laudos e exames confirmaram que os tiros e granadas foram direcionados contra os policiais federais, resultando em acusações sérias contra Roberto Jefferson. Por sua vez, a defesa do ex-deputado alega que ele não tinha a intenção de causar ferimentos graves e que apenas uma das granadas foi modificada devido a ameaças anteriores que ele havia enfrentado nos últimos anos. 

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