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      Graziano: combate à fome não pode ter ideologia

      Considerado uma das principais referências mundiais no combate à fome e um dos idealizadores do Programa Fome Zero, ainda no governo de Lula, José Graziano, diz que "quando você está no governo, você deixa de ser de esquerda ou direita. É preciso ser prático e mostrar resultado"; para ele, "é uma sociedade que decide acabar com a fome. Não um governo"

      Graziano: combate à fome não pode ter ideologia (Foto: Reuters)
      Paulo Emílio avatar
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      247 - Considerado uma das principais referências mundiais no que diz respeito ao combate à fome e um dos idealizadores do Programa Fome Zero, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor-geral das Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano, afirma que as ações para enfrentar o problema não podem ser balizadas por questões ideológicas ou por mudanças de governo.
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      Quando você está no governo, você deixa de ser de esquerda ou direita. É preciso ser prático e mostrar resultado", disse Graziano em entrevista ao blog do jornalista Jamil Chade. "E, para mostrar resultado, você não pergunta se a pessoa é fascista ou comunista. Ela passa fome? Tem que chegar comida a ela", completou. Para ele, "é uma sociedade que decide acabar com a fome. Não um governo".

      Para ele, apesar de ainda não existirem evidências de que a fome tenha crescido nos primeiros quatro meses de governo Jair Bolsonaro é possível antecipar "um aumento da insegurança alimentar em geral devido à crise econômica, com aumento do desemprego". Segundo ele, os dados deverão ser conhecidos em julho, quando a FAO deverá lançar um relatório com os dados sobre segurança alimentar e nutricional, referentes a 2018.

      Ainda segundo ele, "as evidências continuam a apontar que a região que mais sofre um impacto econômico é a América Latina, diferentemente de outras regiões do mundo, em que os conflitos são fatores mais diretamente ligados ao aumento da fome. A América Latina era a região que mais tinha avançado, e hoje infelizmente vemos um retrocesso. O sistema de cobertura por meio de políticas de proteção social era mais abrangente e mais consolidado. E isso está se diluindo", avalia.

      Leia a íntegra da entrevista. 

       

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