Guedes se revolta e ataca 'o petróleo é nosso': "Para virar a Argentina, seis meses. Para virar Venezuela, um ano e meio"
O ministro da Economia se revoltou com a mudança no comando da Petrobras promovida por Jair Bolsonaro. "Para virar a Argentina, seis meses. Para virar Venezuela, um ano e meio. Se fizer errado, vai rápido. Agora, quer virar Alemanha, Estados Unidos? [São necessários] dez, quinze anos na outra direção", disse
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, se revoltou com a política econômica do 'petróleo é nosso', recentemente defendida por Jair Bolsonaro, e disse que o Brasil periga virar uma Argentina ou Venezuela caso sua agenda neoliberal não seja seguida à risca.
Durante uma conversa gravada na sexta-feira (26) e veiculada nesta terça (2) no podcast Primocast, o ministro comparou a trajetória dos países vizinhos: "Para virar a Argentina, seis meses. Para virar Venezuela, um ano e meio. Se fizer errado, vai rápido. Agora, quer virar Alemanha, Estados Unidos? [São necessários] dez, quinze anos na outra direção".
"Você prefere juro baixo, muito investimento, emprego, renda, Bolsa subindo, todo mundo ganhando, estourando champagne, um país da prosperidade, ou prefere ir para a Venezuela?", acrescentou.
Em um trecho, Guedes critica a frase 'o petróleo é nosso', lema da estatização utilizado pelo presidente Bolsonaro para defender a nomeação de Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras:
"Em certo momento, o ministro chegou a criticar uma frase usada recentemente pelo próprio Bolsonaro. "Tem uma turma que começa: 'o petróleo é nosso'. É nosso? Então dá para a gente. Vamos dar para o povo brasileiro. Vamos pegar os dividendos da Petrobras e entregar uma parte para o povo brasileiro", afirmou Guedes. Ou paga dividendos ou vende e dá dinheiro para eles. O que não pode é ficar gerando prejuízo para eles", disse.
Uma reportagem da Veja da última sexta destaca que o ministro se sente um "general ferido" pela mudança na Petrobras: "Presidente, o senhor está ferindo o seu general. Na hora em que eu ganho a batalha, o senhor me dá um tiro", disse o ministro em reunião com Bolsonaro.
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